quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Colesterol alto pode passar despercebido e causar infarto ou AVC, alerta médico do Huol

Hospital universitário orienta sobre riscos, prevenção e atendimento especializado pelo SUS

Colesterol alto pode passar despercebido e causar infarto ou AVC,  alerta médico do Huol

Natal (RN) - O colesterol elevado é um inimigo silencioso da saúde cardiovascular. Sem sintomas aparentes na maioria dos casos, ele pode se acumular nas artérias ao longo dos anos, provocando obstruções que levam ao infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). No Brasil, cerca de 40% da população apresenta a condição, segundo o Ministério da Saúde. Esse quadro está diretamente relacionado ao aumento das doenças cardiovasculares, que são responsáveis por cerca de 400 mil mortes por ano no país. 

Segundo o cardiologista Gustavo Torres, do Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, o diagnóstico precoce e o acompanhamento regular são fundamentais para evitar complicações graves. “O colesterol é uma gordura que participa da composição de células do nosso corpo e da fabricação de vitaminas e hormônios. Em excesso, pode se acumular nas artérias e levar à doença aterosclerótica”, explica o médico. 

Comemorado em 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do controle dos níveis de gordura no sangue. “A doença aterosclerótica está relacionada como fator de risco em casos de infarto, AVC e outras condições em que o fluxo de sangue para órgãos vitais está comprometido”, afirma Gustavo Torres. 

Diagnóstico e prevenção

Na maioria dos casos, o colesterol alto só é detectado por meio de exames laboratoriais de sangue, recomendados anualmente para a população geral. Em pessoas com histórico familiar de dislipidemia, esse acompanhamento deve começar cedo, ainda na infância ou adolescência. “Existe uma tendência genética de ter elevação do colesterol. Nos casos em que parentes de primeiro grau têm colesterol alto, essa busca deve ser mais ativa”, ressalta o cardiologista. “Em várias situações, essa dosagem deve ser feita com mais frequência”, completa ele. 

Sintomas clínicos são raros, mas podem ocorrer. “O sinal mais comum está relacionado ao acúmulo de gordura em regiões específicas, como pálpebras ou próximo aos olhos”, exemplifica o especialista. 

Entre os principais fatores de risco para o aumento do colesterol estão alimentação inadequada, consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e sedentarismo. “Devemos priorizar uma alimentação rica em verduras, frutas, carnes brancas e com menos carboidratos, além da prática regular de atividades físicas”, orienta o profissional. 

Referência no tratamento

O Huol conta com serviço especializado para pacientes com colesterol alto, principalmente nos casos mais complexos. A assistência é realizada por meio do Departamento de Endocrinologia, com acompanhamento de profissionais especializados e suporte multiprofissional, via Sistema Único de Saúde (SUS). Todos os casos atendidos no Hospital Universitários são encaminhados pelo sistema de regulação municipal. 

“Todos nós precisamos saber o nosso nível de colesterol. No máximo, anualmente devemos fazer a dosagem. Hábitos saudáveis vão melhorar não só os níveis de colesterol, mas também sua qualidade de vida”, conclui o cardiologista Gustavo Torres. 

Sobre a Ebserh

O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Por Aline Freitas, revisão de George Miranda

Câncer de pulmão: conheça os principais sintomas, formas de diagnóstico e caminhos para o tratamento

 Huol-UFRN conta com serviços especializados e projetos de combate à doença

Câncer de pulmão: conheça os principais sintomas, formas de diagnóstico e caminhos para o tratamento

Natal (RN) -  O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, celebrado em 1º de agosto, tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. Em Natal (RN), o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculado à Rede Ebserh, oferece atendimento especializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e desenvolve ações integradas de assistência, ensino e pesquisa voltadas ao combate ao câncer de pulmão. 

O cirurgião torácico e gerente de Ensino e Pesquisa do Huol-UFRN, Carlos Alberto Almeida de Araújo, destaca que a prevenção do câncer de pulmão baseia-se em evidências científicas, com ênfase no combate ao tabagismo. “Evitar a exposição ocupacional a agentes como asbesto, sílica, arsênico e radônio, que aumentam o risco da doença, é fundamental. A redução da poluição atmosférica, especialmente do material particulado, está associada a menor risco. Além disso, uma alimentação saudável e um estilo de vida ativo, com dieta rica em antioxidantes [com frutas e vegetais] e prática de atividade física, podem ter efeito protetor”, afirma o médico. 

Carlos Alberto explica ainda que o tabagismo é responsável por 85% dos casos. “O tabaco é o principal fator de risco, e a cessação do hábito reduz significativamente a incidência”, alerta. 

Sintomas e métodos de diagnóstico

Entre os principais sintomas do câncer de pulmão estão tosse persistente (com ou sem sangue), dor torácica, falta de ar (dispneia), perda de peso inexplicada, rouquidão e infecções respiratórias recorrentes, como pneumonias. 

O diagnóstico precoce pode fazer grande diferença nos desfechos da doença. “Lesões detectadas no estágio I têm taxa de sobrevida de 80% a 90% em cinco anos, contra menos de 10% no estágio IV”, ressalta o médico. Segundo ele, o rastreamento com tomografia computadorizada (TC) de baixa dose pode diminuir a mortalidade em até 20%. 

Tratamento multidisciplinar

O tratamento do câncer de pulmão é multidisciplinar e personalizado, de acordo com o estágio da doença e o perfil molecular do tumor. As possibilidades incluem cirurgia (segmentectomia, lobectomia ou pneumonectomia), radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapia-alvo, além de cuidados paliativos integrados para casos avançados. 

O Huol-UFRN dispõe de serviços especializados para a prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão. Entre as ações oferecidas estão: ambulatório de oncologia torácica com equipe multidisciplinar (formada por cirurgiões, oncologistas e pneumologistas); Programa de Controle do Tabagismo, com abordagem cognitivo-comportamental e terapias farmacológicas; além do acesso, pelo SUS, a terapias avançadas, como imunoterapia e testes moleculares. 

“O hospital universitário está na vanguarda do combate ao câncer de pulmão no RN, por meio do ambulatório de tabagismo, estratégia mais custo-efetiva de prevenção, com taxas de cessação de 40% em 12 meses, e de pesquisa em rastreamento ativo, como o estudo em andamento com tomografia computadorizada de baixa dose em pacientes internados”, pontua Carlos Alberto. 

O médico também destaca o Projeto REBECAp (Rede Brasileira de Combate ao Câncer de Pulmão), uma iniciativa pioneira do Huol para integrar hospitais com serviços de cirurgia torácica, ampliando o diagnóstico precoce e reduzindo disparidades regionais. “A instituição universitária alinha pesquisa, assistência e educação para transformar a realidade do câncer de pulmão no SUS, reforçando seu papel como centro de excelência em saúde pública”, conclui. 

Sobre a Ebserh

O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Por Aline Freitas

Jornalista

Unidade de Imprensa e Informação Estratégica 1

Coordenadoria de Comunicação Social 

Saúde e Vigilância Sanitária