A expectativa do comércio para as vendas relacionadas ao Dia dos Namorados, comemorado no Brasil no dia 12 de junho, é de alta de 1,9%, na comparação com o ano passado. Segundo pesquisa divulgada hoje (6) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), este é o terceiro ano seguido de melhora nas vendas, após dois anos de recessão econômica em que a data apresentou perdas.
Em 2015, o comércio teve perda de 1,1% e em 2016 a redução nas vendas foi ainda maior, chegando a 4,9%. Em 2017 a recuperação do comércio no Dia dos Namorados foi de 2,5% e em 2018 subiu 1,5%. Segundo a CNC, a data é a sexta mais importante para o calendário varejista do país. O valor movimentado deve chegar a R$1,64 bilhão este ano.
Vestuário e acessórios
O principal segmento do comércio relacionado ao Dia dos Namorados é o de vestuário e acessórios, que tem expectativa de subir 3,1% na comparação com 2018, chegando ao valor de R$ 611 milhões, o que corresponde a 37,4% do total esperado.
Em segundo lugar ficam os hiper e supermercados, com expectativa de movimentar R$553,1 milhões, 1,8% a mais do que no ano passado. Em seguida estão os artigos de uso pessoal e doméstico, que esperam vender 2,2% a mais, com faturamento de R$243,4 milhões.
De acordo com a CNC, alguns ramos estão oferecendo os produtos com preços menores do que no mesmo período do ano passado, como o de roupas femininas (-3,0%), tênis (-2,6%), artigos de maquiagem (-2,6%) e bolsas (-2,4%). Já o serviço de excursões está 16,4% mais caros do que em 2018.
Por outro lado, a entidade ressalta que as condições de crédito para pessoa física estão piores, com a alta dos juros, o que pode ser um dificultador das vendas.
“De fato, segundo levantamento mensal do Banco Central, a taxa média de juros nas operações de crédito destinadas às pessoas físicas, que havia encerrado o ano passado no patamar mais baixo (48,9% ao ano), desde setembro de 2014 (+48,3% a.a.) vem apresentando clara tendência de alta, atingindo atualmente 53,6%. Com isso, a prestação média simulada de empréstimos e financiamentos cresceu 5,0% desde dezembro do ano passado, dificultando, portanto, a ampliação do consumo a prazo”, diz nota da CNC.
Edição: Maria Claudia
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