terça-feira, 29 de agosto de 2023

Homem é morto após trocar tiros com a Polícia, no bairro Maracujá, em Santa Cruz.

 



Um homem morreu após trocar tiros com a Polícia Militar na manhã desta terça-feira (29), no bairro Maracujá, em Santa Cruz.

A trocas de tiros ocorreu após a Polícia Militar abordar a residência do homem identificado até o momento por Luquinhas ou Lagartinha, para cumprimento de mandando de prisão. No local, segundo informações da Polícia, o homem atirou contra os policiais, que revidaram, e ele foi baleado.

A própria Polícia Militar socorreu o homem para o Hospital Municipal Aluízio Bezerra, mas ele faleceu na unidade de saúde.

A Polícia Militar também está trabalhando para prender acusados de cometer assaltos na rodovia que liga Santa Cruz a São Bento do Trairi.

Desde ontem (28), a Polícia Militar tem recebido denuncias de assaltos na rodovia e policiais estão em diligencia visando prender os criminosos. As ocorrências não tem correlação.

Morre criança que estava em um dos veículos envolvidos em acidente próximo a Tangará neste domingo (27)

 

A criança de 04 anos que estava em um dos veículos do grave acidente neste domingo (27) entre Santa Cruz e Tangará, não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital na noite de ontem.

A criança, identificada por familiares como Laura, estava no veículo no sentido Tangará-Santa Cruz. Ela foi a paciente que estava mais grave na hora do atendimento feito pelo SAMU.

Além dela, o motorista deste mesmo veículo, avô da criança, está com ferimentos mais graves. A família vinha para Lajes PIntadas, para encontrar outros familiares neste domingo (27).

A colisão entre os veículos ocorreu no início da manhã deste domingo (27). O veículo Prisma, cor prata, foi arremessado para fora da pista após a colisão com um Corsa, cor verde, que ficou sobre o asfalto. No Prisma estava abordo uma família de Parnamirim e havia um adolescente e a criança que faleceu, além dos adultos.

No Corsa estavam a bordo quatro jovens. A condutora disse que seguia de Santa Cruz para Tangará e tinha cortes nas pernas, braços e no rosto.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada e fez os devidos procedimentos legais

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

AGOSTO LILÁS: Maternidade Escola Januário Cicco e Hospital Universitário Ana Bezerra promovem ações de acolhimento e atendimento a mulheres vítimas de violência

 Unidades hospitalares dispõem de serviços especializados no atendimento às usuárias.


Maternidade Escola Januário Cicco e Hospital Universitário Ana Bezerra promovem ações de acolhimento e atendimento a mulheres vítimas de violência

Natal e Santa Cruz (RN) - A cada quatro horas uma brasileira é vítima de violência no Brasil. A campanha Agosto Lilás trata desse tema, sendo agosto o mês dedicado ao enfrentamento dos mais diversos tipos de violência contra a mulher. Para garantir o direito à assistência e ao acolhimento humanizado, hospitais universitários federais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) oferecem atendimento e apoio a mulheres vítimas de violência sexual, de forma gratuita, via Sistema Único de Saúde (SUS), a exemplo do que acontece na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) e no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), unidades hospitalares da Universidade Federal do Rio Grande do Norte vinculadas à Rede Ebserh.

A Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) atua desde 2001 por meio do Programa de Atenção à Mulher e Adolescente em Situação de Violência Sexual (Proama), como referência no cuidado especializado a esse público, ofertando atendimento multiprofissional com vistas à proteção da saúde das vítimas assim como dos seus direitos sociais. A instituição compõe a rede integrada de hospitais que propiciam atendimento com foco no cuidado integral, oferecendo atendimento inicial, em nível de urgência, e a continuidade desse cuidado no seguimento ambulatorial, garantindo ainda suporte por meio das áreas de Serviço Social e Psicologia da unidade hospitalar.

Ao longo desses anos em que desenvolve o atendimento às vítimas de violência sexual, a MEJC já atendeu 1.500 mulheres, adolescentes e crianças e realizou, nos últimos cinco anos, 60 abortos legais cujas gravidezes foram resultantes de estupros. Embora as crianças não sejam o público-alvo do programa, quando alguma avaliação especializada na área de ginecologia é solicitada por algum serviço de saúde ou quando o serviço é procurado por meio de demandas espontâneas, as crianças são acolhidas pela instituição e recebem o cuidado ofertado às vítimas de violência sexual, incluindo o seguimento ambulatorial com ênfase na infância.  

O cuidado ofertado pela MEJC compreende as etapas de acolhimento humanizado; escuta qualificada; registro e sigilo das informações; atendimento clínico e psicossocial; profilaxias das infecções sexualmente transmissíveis - IST´s/AIDS; preenchimento da ficha de Notificação Compulsória de Violência Interpessoal/Autoprovocada – Sinan; realização de exames clínicos e complementares; contracepção de emergência e aborto legal, quando necessário.

Melissa Araújo, assistente social da maternidade, chama a atenção para a relevância das ações de acolhimento e atendimento dispensadas a usuárias vítimas de violência que recorrem à unidade hospitalar. “O trabalho desenvolvido de forma integrada pela MEJC possui um papel social de suma importância para a sociedade na medida em que sua atuação na política pública de saúde promove fatores de proteção à integridade física, psicológica e social de meninas e mulheres vítimas de violência sexual”, enfatiza.

Hospital da Rede Ebserh em Santa Cruz é referência para a região

Já no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), o Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual é definido como Amae e tem como público-alvo mulheres e crianças. O atendimento ocorre de forma emergencial, integral e multidisciplinar, sendo disponibilizado de forma ininterrupta, 24 horas por dia, nos sete dias da semana.

Além do pronto atendimento com acolhimento, escuta qualificada e atendimento humanizado, a atenção clínica é realizada por equipe multiprofissional, incluindo diagnóstico e tratamento de lesões físicas; amparo médico, psicológico e social; profilaxia de gravidez e infecções sexualmente transmissíveis - IST’s; além de informações às vítimas sobre direitos legais. O serviço assegura a oferta da continuidade do cuidado, incluindo realização de exames regulares, de acordo com os protocolos clínicos e diretrizes técnicas em vigor, e encaminhamento aos serviços de assistência social.

O Amae existe desde 2016, ano do credenciamento SUS da instituição, quando o HUAB se tornou referência no serviço para os municípios da V Região de Saúde do Rio Grande do Norte. Para acompanhamento do serviço na instituição, foi instituído em 2020 o grupo de trabalho de assistência às vítimas de violência sexual e da interrupção legal da gestação (GT-AMAE), composto por equipe multidisciplinar envolvendo profissionais de Psicologia, Serviço Social, Enfermagem, Ginecologia/Obstetrícia e Farmácia. Os dados do último triênio apresentam atendimento a 39 casos da região.

Superação de obstáculos

Para a enfermeira obstétrica Hercilla Confessor, um dos desafios envolvendo a iniciativa consiste na superação de obstáculos que limitam a vítima na procura pelo serviço de saúde. “Sendo as primeiras 72 horas após a violência sexual fundamentais para o atendimento”, adverte. “Quanto mais precoce a vítima chegar ao hospital, logo será cuidada”, diz.

A profissional chama a atenção, ainda, para a importância da formação profissional com perfil para atendimento a casos como esses. “Além disso, na instituição de ensino, as residências em saúde participam da assistência, sendo importante na formação de profissionais especialistas quanto ao desenvolvimento de habilidades e atitudes nesse perfil, de modo a preparar o futuro profissional para o atendimento mais qualificado e sensível”, complementa Hercilla. Inforgrafico Agosto Lilas 24082023

Normativos legais

A Lei Maria da Penha (11.340/2006) cita cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. No caso da violência sexual, o abuso ocorre quando uma pessoa é forçada a ter relações ou é submetida a qualquer tipo de ato sexual sem seu consentimento. A legislação normatiza e cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo medidas de assistência e proteção ao público feminino que sofre com esse tipo de abuso.

Em sessão realizada em 1º de agosto de 2023, por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o uso da tese da legítima defesa da honra em crimes de feminicídio ou de agressão contraria os princípios constitucionais da dignidade humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero.

Já a Lei Carolina Dieckmann, nº 12.737/2012, tornou crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados particulares; e a Lei do Feminicídio, nº 13.104, de 9 de março de 2015, define o feminicídio como homicídio qualificado e aumenta a pena para quem o praticar (de 12 a 30 anos de reclusão). O feminicídio é o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição do sexo feminino.

Canais de atendimento e apoio 

Qualquer pessoa pode e deve denunciar indícios de violência contra a mulher. Para isso, existem canais como a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, serviço gratuito e em funcionamento durante 24 horas por dia, em todo o Brasil. O denunciante não precisa se identificar. A mulher recebe apoio e orientações sobre o que será feito para pôr fim à violência, com escuta e acolhida qualificadas. O serviço registra e encaminha a manifestação aos órgãos competentes.

Outra forma de solicitar ajuda é a página da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), por e-mail para o endereço eletrônico ligue180@mdh.gov.br, ou no aplicativo Direitos Humanos no Brasil. Também é possível acionar a Polícia Militar pelo 190, para que seja enviada uma viatura até o local da vítima.

Sobre a Rede Ebserh

Os Hospitais Universitários do Rio Grande do Norte fazem parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Visita guiada a maternidades e hospitais da Rede Ebserh leva os pais a terem maior vínculo com a gestante e o bebê

 Medida permite que os pais recebam orientações sobre internação e acompanhamento da gestante e do recém-nascido


Visita guiada a maternidades e hospitais da Rede Ebserh leva os pais a terem maior vínculo com a gestante e o bebê

Brasília (DF) - Como forma de fortalecer o vínculo entre as gestantes, seus companheiros e as unidades de saúde, muitas instituições criam projetos de visita guiada ao ambiente onde a mulher vai ter o bebê. É o que acontece em diversos hospitais e maternidades da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação. As visitas guiadas são uma forma de proporcionar ao pai uma maior aproximação não somente com a mulher grávida, mas também com o filho ou a filha que está por nascer.

Rio Grande do Norte

No Hospital Universitário Ana Bezerra (Huab-UFRN/Ebserh), no Rio Grande do Norte, esse tipo de atividade foi retomado recentemente, no período Visita Guiada das Gestantes no Huabde pré-natal, com a realização de grupos de gestantes, em que o pai e a parceira grávida conhecem melhor o espaço. A iniciativa faz parte do projeto “Visita à maternidade: Estratégia de fortalecimento do vínculo entre Gestantes – Hospital – Territórios de saúde”. O projeto de extensão acolhe os grupos de gestantes da atenção primária, articula o agendamento com os municípios da V Região de Saúde e realiza as visitas guiadas nos setores de assistência materno-infantil.

Paraíba

Atualmente, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), na Paraíba, também está retomando a execução da "Visita Guiada” antes do parto, que havia sido suspensa devido à pandemia de covid-19. A medida permite que os pais conheçam os espaços da maternidade, sempre conduzidos pela equipe, e recebam orientações sobre internação e acompanhamento da gestante e do recém-nascido.

“Os pais são encorajados e fortalecidos para o exercício de uma paternidade ativa, participativa, que promova o fortalecimento dos vínculos familiares, os cuidados compartilhados e a cooperação mútua junto às mães e seus recém-nascidos”, afirma Marcelo Abdon, assistente social da Unidade da Mulher do HULW-UFPB.

Certidão de nascimento

O Serviço Social do HULW-UFPB/Ebserh também oferece aos pais orientações sobre a emissão da Certidão de Nascimento, que, como o próprio nome diz, é realizada após o nascimento da criança. “Em geral, os pais são orientados acerca do processo de registro e da documentação necessária para a efetivação desse ato importante para todos. O registro do bebê pode, inclusive, ser realizado no serviço cartorial presente no próprio hospital, configurando-se como um ato paterno de demonstração de carinho, cuidado e proteção ao recém-nascido”, explica Marcelo Abdon. Primeiro e mais importante documento do cidadão, a Certidão de Nascimento é base para retiradas de todos os demais documentos civis, acesso a direitos, serviços públicos e para o usufruto da cidadania.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação

Hospitais da Rede Ebserh incentivam paternidade ativa e maior aproximação entre pais e bebês

 Por meio do Método Canguru, pais recebem orientações sobre cuidados do recém-nascido, como sinais de perigo, banho e troca de fraldas


Hospitais da Rede Ebserh incentivam paternidade ativa e maior aproximação entre pais e bebês

Brasília (DF) — “Não basta ser pai, tem que participar”.  Essa frase ficou célebre em uma antiga propagada de televisão que chegava aos lares brasileiros, mas ainda muito há o que se fazer para que a paternidade ativa se torne realidade.  Em diferentes hospitais da Rede Ebserh, especialistas aproveitam o período de internação dos bebês nas unidades Canguru, para incentivar uma maior aproximação dos pais com seus filhos. Eles são incentivados a ter um contato maior com os bebês e recebem orientações sobre cuidados e manuseio do recém-nascido prematuro.

Rio Grande do Norte

Em Natal-RN, na Maternidade-Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN/Ebserh), os pais são incentivados a terem um contato maior com os bebês, através do Método Canguru e recebem orientações sobre cuidados e manuseio do recém-nascido, como dar banho, trocar a fralda e colocá-lo na posição vertical após ser alimentado. Na MEJC, o Método Canguru foi implantado em 2009, mas o estímulo para que o pai tenha mais contato com o bebê passou a ser feito a partir de 2018.

O Método Canguru é um modelo de assistência humanizada ao recém-nascido prematuro e à sua família. Faz parte do método o contato pele a pele, que começa de forma precoce e crescente: desde o primeiro toque até evoluir para a posição canguru.

“Inicialmente, os pais se apresentam inseguros, no entanto, à medida que vão participando, aprendendo, envolvendo-se nos processos, a receptividade é muito boa, passando a ser bem colaborativa. Ao ser incentivado a fazer o contato pele a pele na posição canguru, o pai dá o colo e o calor que o bebê precisa, ajudando a mãe a conseguir descansar”, comenta a pediatra Geisa Chaves. Para a médica, o trabalho desenvolvido na MEJC-UFRN/Ebserh é muito importante porque promove o acolhimento e a inclusão do pai na relação do binômio mãe-bebê. Com isso, a responsabilidade no cuidado do bebê é compartilhada com o pai, tornando-o consciente e ativo no processo e reforçando a estrutura familiar.

Ter um companheiro presente, que assume responsabilidades, faz toda a diferença para a mãe e o bebê. “A presença do pai, de forma ativa, no período de internação, que normalmente é prolongado na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (Ucinca), proporciona um apoio emocional para a sua mulher, que vive uma tempestade de emoções, trazendo o sentimento de acolhimento, companheirismo e amor”, afirma Elisa Sonehara, fisioterapeuta da Enfermaria Canguru da MEJC. Segundo a profissional, isso se reflete em tranquilidade para a mãe (favorecendo a produção do leite materno), em estabilidade emocional e no empoderamento da capacidade do cuidado do recém-nascido prematuro ou de baixo peso. 

Segundo o pai de primeira viagem, Willy dos Santos, empresário, 39 anos, da cidade de Jardim de Piranhas, interior do Rio Grande do Norte, a emoção é grande em poder segurar a pequena Isaura nos braços.

"Quando estou aqui na maternidade me sinto cada vez mais próximo da minha filha e feliz em poder contribuir com a recuperação da pequena e auxiliar minha companheira", diz emocionado. "Não vejo a hora de termos alta e irmos para casa", afirma.

No Hospital Universitário Ana Bezerra (Huab-UFRN/Ebserh), situado em Santa Cruz, município do Rio Grande do Norte, a valorização da paternidade ativa é mais uma estratégia de humanização da assistência e acontece por meio da promoção do engajamento dos homens nas ações do planejamento reprodutivo, no acompanhamento do pré-natal e principalmente na participação ativa no momento especial do parto de sua parceira. “A presença do pai no parto é oportunizada seja na cesariana ou no parto vaginal. É também durante o trabalho de parto que o casal fortalece o vínculo afetivo apoiando-se para a chegada do seu bebê”, comenta a enfermeira obstétrica Hercilla Nara Confessor Ferreira. Registro da participação do pai durante parto no Huab

“A equipe assistencial envolve o pai nos cuidados com a gestante durante a oferta dos métodos não farmacológicos de alívio da dor, como massagens, musicoterapia, banho morno e no encorajamento com apoio na banqueta e nas posições verticalizadas que favorecem o parto natural. Logo após o nascimento, a equipe oferece ao pai a oportunidade de realizar o corte do cordão umbilical, em um momento de grande significado no nascimento de uma nova família”, complementa a enfermeira obstétrica.

Maranhão

No Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA/Ebserh), em São Luís-MA, os pais também são estimulados a participar da internação e dos cuidados com o bebê. “O pai recebe orientações sobre as condições de saúde do bebê e aprende a identificar sinais e sintomas de perigo como apneia, refluxo, cólicas, dentre outros, além de apoio e participação ativa nos cuidados, como banho, troca de fraldas e administração de medicamentos”, explica a chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do HU-UFMA-Ebserh, médica Sílvia Helena Cavalcante de Sousa.

Como parte do Método Canguru, os pais também são sensibilizados a fazer o contato pele a pele com o filho. Por questões de trabalho, nem todos os pais conseguem estar presentes, mas eles sempre são estimulados a participar quando podem, seja à noite, seja no fim de semana. “Essa iniciativa proporciona aos pais um espaço para exercerem a paternidade responsável e serem a principal rede de apoio da mulher e do recém-nascido”, destaca Sílvia Helena Cavalcante, do HU-UFMA/Ebserh.

Ceará

Realidade semelhante é vivida em Fortaleza-CE, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC/Ebserh), onde o Método Canguru é desenvolvido como uma política de atenção humanizada. "O método introduz os familiares na promoção do vínculo com o bebê. Geralmente todos os cuidados são voltados para a mãe, e o pai fica um pouco à margem desse processo. A ideia é que o pai também se sinta protagonista nessa promoção ao vínculo com o bebê", afirma Alessandra Di Moura, enfermeira neonatal e tutora do Método Canguru na MEAC.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.