Os deputados federais goianos do PMDB, PSDB, PP, PPS, PTB, PSD e PDT votaram na noite de quarta-feira, em Brasília, pelo fim da CLT – a Consolidação das Leis do Trabalho –, criadas em 1934 pelo presidente Getúlio Vargas (PTB). Com o voto dos peemedebistas e da bancada marconista, os trabalhadores goianos ficam agora sem direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário e férias. Pois é disto que trata o Projeto de Lei (PL) 4330/2004, que foi aprovado em primeira votação por 324 votos a favor, contra 137, duas abstenções, totalizando 463 votantes. Entre os deputados federais goianos, apenas Rubens Otoni (PT) não votou pelo fim da CLT.
Apresentado como projeto para “regulamentar a contratação de trabalhadores terceirizados”, a PL 4330 é o maior golpe já dado contra o trababalhador brasileiro. Nem mesmo a ditadura militar, instalada no Brasil em 1º d eabril de 1964, ousou acabar com a CLT. O fim das garantias ao trabalhador foi orquestrada pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que havia se comprometido com empresários em colocar a matéria em votação em regime de urgência. O PL 4330/2004 é de autoria do ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). Concidentemente, Mabel foi um dos coordenadores da campanha de Eduardo Campos à presidência da Câmara dos Deputados.
No voto de bancadas, o PT e o PSol votaram 100% contra o fim da CLT, o PCdoB (92,3%) de 13 deputados, um votou a favor, no PMDB, de 61 deputados, apenas 6 (9,9%) votaram contra, no PSDB, de 46 votos, apenas 2 (4,3%) contra, no DEM, de 19 deputados, somente dois votos contra, entre eles o delegado Moroni Torgan (CE) e a Professora Dorinha (TO). O PSB, do finado governador Eduardo Campos, votou majoritariamente contra: 22 sim e 8 não, entre eles, a deputada federal Luíza Erundina (SP). No PR, com 30 votos, 23 votaram a favor e um se absteve e seis votaram contra, entre eles o palhaço Tiririca votou contra. No PV, tido como esquerda, todos os seis deputados votaram a favor da PL 4330.
Em Goiás, votaram contra os direitos dos trabalhadores, toda a bancada do PSDB, composta pelos deputados Alexandre Baldy (empresário), Célio Silveira (médico), João Campos (delegado), Delegado Waldir, Giuseppe Vecci (economista). Pelo PMDB, ajudaram a derrubar a CLT os deputados Daniel Vilela (advogado) e Pedro Chaves (engenheiro). No PP, os votos em favor da PL 4330 foram dados por Roberto Balestra (produtor rural) e Sandes Júnior (radialista). Líder do PTB, Jovair Arantes enterrou a lei criada pelo fundador de seu partido, o ex-presidente Getúlio Vargas. Filiada ao PDT, de Leonel Brizola, herdeiro legítimo do getulismo, a deputada federal Flávia Morais também votou pelo fim da CLT. Completam a lista o empresário Marcos Abrão (PPS), o empresário rural Heuler Cruvinel (PSD), a empresária do ramo de hoteis Magda Moffato (PR) e o dublê de político Lucas Vergílio (SDD).(fonte diário da manhã)
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