quinta-feira, 31 de março de 2016

Estudo mostra que Zika pode usar proteína para acessar células neurais

Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde informa que, desde outubro de 2015, 944 bebês nasceram com microcefalia.





Estudo publicado pela revista norte-americana Cell Press identificou a possibilidade de o virús Zika acessar células-tronco neurais por meio de uma proteína. A pesquisa mostra que danos no receptor AXL têm relação direta com sintomas associados à infecção em fetos, mas não confirma a correlação entre o Zika e a microcefalia.
Foram analisadas células presentes no cérebro de camundongos e furões e também em organoides derivados de células-tronco humanas. Todos os modelos, segundo o estudo, mostraram a expressão do receptor AXL em células gliais radiais, um tipo de célula-tronco neural que dá origem a outras células, como os neurônios.
Boletim divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde informa que, desde outubro de 2015, 944 bebês nasceram com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Do total de 944 confirmados, apenas 130 tiveram exame laboratorial positivo para o Zika. Ainda segundo levantamento, 4.291 casos estão em investigação.
Do total de 6.776 casos notificados de bebês com suspeita de terem a malformação, 1.541 foram descartados por apresentarem exames normais ou por apresentarem microcefalia e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas. A maioria dos casos foi registrada no Nordeste, (5.315), que responde por 78% do total registrado, sendo Pernambuco o estado com o maior número de casos em investigação (1.207).
A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Agência Brasil

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