Júlia Buonafina*
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu o Brasil como país livre da pleuropneumonia contagiosa bovina, durante a reunião anual da entidade, realizada nesta quarta-feira (24), em Paris. Segundo a OIE, o Brasil é um país que reflete transparência no seu serviço veterinário.
A pleuropneumonia contagiosa bovina é uma doença de bovinos e búfalos, causada por bactérias, e ataca os pulmões e a membrana (pleura) que reveste o tórax dos animais, o que gera uma taxa de mortalidade de até 50%. Para reduzir a infecção, existe vacinação com um tipo atenuado da bactéria. Não há casos de contágio em seres humanos, nem risco para a saúde pública.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luis Rangel, o reconhecimento da OIE é mais uma conquista da defesa sanitária animal brasileira. O próximo passo, segundo ele, será declarar o Brasil país livre da aftosa com vacinação, o que deve ocorrer em maio do ano que vem.
Rangel disse que o Brasil já apresentou a estratégia que será usada para a retirada gradual da vacinação contra a aftosa. “O plano foi muito bem elaborado, sendo um dos melhores dos últimos tempos, formulado com a participação de todos os setores da produção envolvidos e com muita segurança”, afirmou.
Mesmo com a vacina sendo um seguro tecnológico do rebanho, Rangel pondera que, se o país for declarado livre da doença, é natural que seja planejada a retirada da imunização, o que reduzirá os custos de produção. “Mas será uma transição feita com cuidado”, assinala.
O prazo para o setor privado enviar propostas sobre a retirada da vacinação será encerrado na próxima terça-feira (30).
*Estagiária sob supervisão do editor Augusto Queiroz
Nenhum comentário:
Postar um comentário