segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Políticos já estão de olho na presidência de 2018

Eles tentam “antecipar” candidaturas para as eleições; nomes já estudam troca de partidos e querem usar pleito municipal para se cacifar ao Planalto.


q6Nada domina mais o imaginário do político do que o desejo de sentar na cadeira número um da República. A prova cabal é que, faltando quase três anos para as eleições de 2018, os brasileiros conhecerão esta semana o primeiro candidato a presidente: Ciro Gomes, do PDT. Na esteira do cearense, outros nomes também esperam seguir o mesmo caminho. 
Embora a candidatura só possa ser oficializada em junho de 2018, os postulantes usarão as eleições municipais de outubro como teste. Será uma espécie de “campanha de mentirinha”, buscando irradiar pelo país ideias e propostas, além de usar os palanques de vereadores e prefeitos como trampolins para atrair eleitores. 
Na atual configuração de presidenciáveis, nada de rostos novos. Dos 10 nomes listados pelo Metro Jornal, somente o deputado Jair Bolsonaro (RJ), que deve ir para o PSC, e o senador Álvaro Dias, que deixou o PSDB e foi para o PV, esperam estrear na corrida presidencial. 
O PSDB, aliás, é o que deve ceder mais presidenciáveis. Com a ascensão do senador Aécio Neves (MG) -- que lidera as primeiras pesquisas de intenção de votos --, dois caciques tucanos estão “no mercado”. 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é cortejado pelo PSB. Já o senador José Serra (SP) desponta como um nome interessante avaliado pelo PMDB. 
O senador Cristovam Buarque (DF) é outro que pode voltar a se candidatar. Ele queria disputar as prévias do PDT, que impôs o nome de Ciro Gomes. Chateado, ele estuda convite do PPS. 
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) é outro que trabalha para, após 29 anos, ver seu nome nas urnas como candidato à presidência, embora hoje o partido ainda tenha alianças como prioridade.
No campo das dúvidas está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Preferido pelo PT, Lula ainda alimenta o desejo de que um novo nome do partido desponte, com o aval de Dilma Rousseff. 
Marina Silva, fundadora da Rede, é outra que ainda acha precipitado antecipar o debate eleitoral, apesar de ter defendido há alguns dias a cassação de Dilma por meio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 
Com a pressa em definir pré-candidaturas, aliada ao fato de o Brasil ter hoje 32 partidos -- boa parte que certamente deverá ter candidatos próprios --, as eleições de 2018 despontam com a possibilidade de ser a mais numerosa da história.

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