A Avenida Paulista já está bloqueada há mais de 36 horas devido a manifestação contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro chefe da Casa Civil. O protesto começou às 18h15 desta quarta-feira (16), segundo a Polícia Militar.
O bloqueio provoca trânsito na região. Por volta das 6h, a polícia liberou o acesso a Rua Pamplona e vai tentar liberar a faixa exclusiva de ônibus. Há poucos manifestantes nesta manhã em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Questionada pelo G1, a Secretaria de Segurança Pública não informou se há um prazo para o fim da manifestação ou quando a Avenida Paulista será liberada. O órgão também não informou se haverá retirada das barracas armadas pelos manifestantes na via.
No início da tarde desta quinta (17), o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou que a SSP deixou claro ao movimento que o protesto precisa terminar à noite porque nesta sexta-feira haverá o protesto previamente marcado pelo PT e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em apoio a Lula e Dilma.
No entanto, o secretário não deu previsão de horário para liberação. “O Movimento Brasil Livre agora fez uma convocação geral. E nós colocamos de uma forma muito clara que até a noite, ou no final da tarde, eles devem se retirar porque amanhã há uma outra manifestação marcada anteriormente”, disse.
O grupo diz que irá continuar protestando até a presidente Dilma Rousseff deixar o cargo.
A manifestação não foi convocada por nenhum movimento social. Ela começou depois do anúncio da nomeação de Lula para a Casa Civil. A concentração começou no vão livre do Masp e logo foi ganhando adesão. O protesto seguiu pela noite de quarta e a madrugada. A Polícia Militar acompanhou o protesto.
Violência
Durante estas 24 horas foram registradas ao menos três casos de agressão. O primeiro foi contra um casal de jovens na noite de quarta-feira, no início do protesto.
Na manhã desta quinta (17), uma mulher foi agredida no rosto durante o ato. A agressão partiu de um manifestante do mesmo grupo quando o namorado da mulher tentava proteger um rapaz vestido com uma camiseta vermelha, que passava pelo local e foi hostilizado. Mais tarde, um adolescente de 17 anos foi perseguido por manifestantes. O jovem teve de ser escoltado por policiais, que usaram bombas de efeito moral e gás de pimenta para controlar os agressores
G1
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