Secretaria Municipal de Educação determinou a suspensão dos salários dos profissionais grevistas.
Lenilton Lima

Os professores da rede municipal decidiram pela permanência da greve, apesar do anúncio do corte de ponto dos profissionais grevistas.
Os professores da rede municipal de Natal decidiram pela permanência da greve, que teve início no dia 22 de fevereiro, apesar da publicação no Diário Oficial do Município (DOM) na última sexta-feira (11) para o corte de ponto dos profissionais grevistas. A categoria tomou a decisão após deliberação em uma assembleia realizada ontem, no Clube Assen.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte), a secretária Municipal de Educação, Justina Iva, está tratando com descaso os trabalhadores. Para a coordenadora do Sinte, Fátima Cardoso, a suspensão dos salários durante os dias de paralisação por parte da prefeitura não intimida a classe. “Este anúncio do corte de ponto é uma tentativa de dobrar a categoria pela coerção e ameaças vazias. A secretária não pode cortar os salários dos grevistas. A greve sequer foi judicializada. Além disso, o movimento é legal, está dentro da lei”, disse em assembleia.
A SME, entre outras justificativas para decretar o corte de ponto, informou que o reajuste anual às categorias no índice de 11,36% foi concedido pelo Município, através da implantação na folha de pagamento do mês de fevereiro, com efeito retroativo a janeiro. A publicação também considerou também as publicações de portarias que concederam a mudança de nível para 334 educadores infantis e a mudança de padrão a 214 educadores infantis, o que, de acordo com a SME, representou um incremento de 20% dos salários dos beneficiados.
Entre as reivindicações do Sinte, três pontos foram apresentados à chefe de gabinete da SME. O pagamento das mudanças de níveis dos educadores infantis, retroativo a janeiro e fevereiro; o envio das emendas as leis complementares 058/2014 e 114/2010 à Câmara Municipal e o pagamento das últimas parcelas da reposição salarial, nos índices de 5,01% e 4,78%. Uma nova assembleia deverá ser realizada no dia 18 de março para deliberar sobre o andamento das negociações.
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