Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos analisam informações de gravador da aeronave.
FD/Rio de Janeiro
Gravador chegou ao Cenipa no sábado, dois dias depois do acidente que matou Teori, relator da Lava Jato, e outras quatro pessoas em Paraty, no Rio.
Gravação de áudio recuperada do avião que caiu no mar de Paraty (RJ) matando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki aponta que não houve relato por parte do piloto de problemas na aeronave antes do acidente da semana passada, de acordo com peritos da Aeronáutica, afirmou o jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (24).
Segundo a Folha, os registros da cabine do avião King Air teriam captado conversas do piloto da aeronave com outros pilotos que voavam pela região, nas quais ele disse que esperaria a chuva diminuir antes de pousar.
Pouco depois a gravação teria sido interrompida, de acordo com análises preliminares, disse a Folha.
Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) avaliam preliminarmente, de acordo com o jornal, que o piloto pode ter perdido o controle da aeronave antes da queda no mar.
Segundo a Folha, o áudio não explica exatamente o que aconteceu e a investigação depende também de outros fatores para esclarecer o motivo da queda.
A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou à Reuters na noite de segunda-feira que os dados do gravador de voz da aeronave foram recuperados, apesar de o equipamento ter sido danificado no acidente.
O gravador chegou ao Cenipa no sábado, dois dias depois do acidente que matou Teori, relator da operação Lava Jato no STF, e outras quatro pessoas em Paraty, litoral do Estado do Rio de Janeiro.
Uma empresa contratada pelo grupo proprietário do avião já retirou os destroços da aeronave do mar de Paraty. O material seria levado ao Rio de Janeiro para ser periciado e analisado na base aérea do Galeão.
A Justiça Federal do Rio de Janeiro decretou sigilo nas investigações sobre a queda do avião.
Havia expectativa de que em fevereiro Teori, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, decidisse sobre a homologação dos acordos de delação premiada com 77 executivos da Odebrecht. As informações desses acordos têm sido apontados como de grande potencial para sacudir o meio político.
Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário