Ana Elisa Santana - Repórter da Agência Brasil
O Brasil celebra em 2017 o centenário de vida uma de suas maiores cantoras: Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, o Rouxinol Brasileiro.
A importância de Dalva de Oliveira para a Música Popular Brasileira é unanimidade entre estudiosos da arte, apesar de não ser muito conhecida pelas novas gerações. "Costumo comparar Dalva a (Édith) Piaf. São cantoras que põem o coração na música”, afirma o compositor João Roberto Kelly. "Dalva de Oliveira é um dos tipos de nomes no Brasil que deveriam virar nome de livro nas escolas", defende Bernardo Martins, cineasta e neto da cantora.
A relação de Dalva com a música se iniciou ainda na infância. Vicentina, que tinha aulas de piano na escola, foi convidada a viajar com uma trupe. Protegida pela mãe, ela saiu em turnê com o grupo até Belo Horizonte, onde ela começou sua relação com o rádio. A menina, antes chamada Vicentina, ficou conhecida como Dalva por sugestão da mãe, que queria um nome "mais artístico" para a filha.
Logo Dalva mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a mostrar sua personalidade na carreira musical: enquanto as artistas que faziam sucesso na época cantavam samba, ela preferia valsa e fox trot. Mais tarde, ao trabalhar no Teatro da Cancela, na zona norte do Rio, conheceu a dupla Preto e Branco, formada por Nilo Chagas e Herivelto Martins. Os dois, mais tarde, se juntariam a ela para formar o Trio de Ouro, um fenômeno dos anos 1930 e 1940 na música brasileira.
A relação entre Dalva e Herivelto, que ficaram casados por 15 anos, permeou a carreira de ambos, especialmente após o fim do Trio de Ouro e a separação em 1949.
Confira a trajetória da voz mais marcante da Era do Rádio no especial Dalva de Oliveira: Cem anos da Rainha da Voz, produzido pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e Agência Brasil para celebrar o centenário do Rouxinol Brasileiro.
Edição: Talita Cavalcante
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