Alex Rodrigues - da Agência Brasil
Preso em caráter preventivo desde a última segunda-feira (3), o ex-ministro dos governos Lula e Temer, Geddel Vieira Lima, está prestando depoimento ao juiz titular da 10º Vara que autorizou sua detenção, Vallisney de Souza Oliveira.
Trazido do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde divide uma cela com mais nove presos, Geddel chegou ao tribunal pouco depois das 10 horas, em uma viatura da Polícia Federal (PF). Com a cabeça raspada, sentou-se diante do juiz às 10h30, em uma sala repleta de jornalistas.
Informado pelo juiz de que a finalidade da audiência não era discutir o mérito da prisão, e sim suas condições, e que poderia permanecer em silêncio se preferir, Geddel declarou que pretende falar, respondendo as perguntas.
"Fui levado a PF, em Salvador, e trazido para cá [Brasília, onde foi primeiramente conduzido à Superintendência da PF, e só depois para a Papuda] algemado", começou Geddel, antes de responder as primeiras perguntas de seu advogado.
A prisão preventiva foi pedida pela PF e pelos integrantes da Força-Tarefa da Operação Greenfield, a partir de informações fornecidas em depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em acordo de colaboração premiada.
A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima definiu como “absolutamente desnecessário” o decreto de prisão preventiva do político. Em nota enviada na segunda-feira (3) à noite à imprensa, o advogado Gamil Föppel disse que há “ausência de relevantes informações” para basear a decisão e definiu como “erro” da Justiça Federal a autorização para a prisão de Geddel.
* Colaborou a repórter Sayonara Moreno - Correspondente da Agência Brasil
Edição: Valéria Aguiar
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