O Janeiro Branco é uma campanha de conscientização em favor da saúde mental, criada em 2014, em Minas Gerais, pelo psicólogo Leonardo Abrahão, e que hoje cresce em todo o País. A exemplo de outras campanhas, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, a iniciativa pretende introduzir uma nova temática na agenda nacional, destacando a saúde mental como condição necessária à vida moderna.
No Rio Grande do Norte, as três unidades hospitalares da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, e o Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), em Santa Cruz, administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), planejaram uma programação em prol da Saúde Mental para o mês de janeiro. Com o tema Quem cuida da mente, cuida da vida, a programação que segue até o dia 27, inclui mesas-redondas, palestras, exibição de filmes sobre a temática, rodas de conversas e atividades educativas no Parque das Dunas.
Estudos apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde do Brasil, indicam que o país tem experimentado um crescimento vertiginoso das problemáticas relativas à Saúde Mental/Saúde Emocional dos indivíduos e da sociedade como um todo.
Segundo dados de 2017, fornecidos pela OMS, a sociedade brasileira é a recordista latino-americana em casos de depressão, a campeã mundial em relação à ansiedade e o 4º colocado em relação ao crescimento das taxas de suicídio entre os jovens da América Central e da América do Sul, o que justifica campanhas desta natureza, como uma importante ação preventiva em relação a essas graves questões e, promovendo a Saúde Mental na vida das pessoas.
Para Monique Pimentel, psicóloga e chefe do Setor de Gestão de Pessoas da MEJC, algumas pessoas demoram a perceber que estão doentes e a procurar ajuda. "Muitos acham que o sofrimento psíquico é visto como fraqueza e motivo de vergonha", afirma. "É preciso vencer o preconceito e falar sobre as dores emocionais, buscando os cuidados necessários. Uma simples tristeza pode evoluir para um quadro mais grave e é preciso prevenir e promover a saúde mental das pessoas antes que elas adoeçam", alerta.
Na MEJC é disponibilizado para os colaboradores o Plantão Psicológico, um serviço de acolhimento que oferece ajuda a quem procura e tem a necessidade de ser ouvido. A partir daí questões emergentes poderão ser trabalhadas. "O plantão não tem como proposta o processo psicoterapêutico, se isto for considerado adequado, o paciente é encaminhado para um profissional terapeuta", comenta a psicóloga.
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