Monica Yanakiew - Correspondente da Agência Brasil
As centrais sindicais e organizações sociais da Argentina convocaram uma manifestação, nesta terça-feira (7), para exigir do governo aumentos salariais que compensem a inflação. O Banco Central estabeleceu, para este ano, meta inflacionária de 17%, mas no ano passado o custo de vida aumentou 40%.
Ontem (6), os professores iniciaram greve nacional, que atrasou o início das aulas. Em uma grande manifestação, no centro de Buenos Aires, eles exigiram aumentos salariais de 35%. O governo ofereceu 18%, para poder cumprir a meta inflacionária.
O presidente Mauricio Macri prometeu reduzir a inflação de cerca de 30%, que herdou da antecessora Cristina Kirchner, ao assumir em dezembro de 2015. No seu primeiro ano de governo, o custo de vida aumentou, graças, em parte, aos reajustes das tarifas públicas.
O governo também prometeu abrir a economia para atrair investimentos. Segundo a Central dos Trabalhadores da Argentina, 400 postos de trabalho foram fechados. A queda de braço entre o governo e os sindicatos ocorre em ano de campanha eleitoral.
Em outubro serão realizadas eleições legislativas, e Macri precisa obter maioria no Congresso se quiser aprovar as reformas que prometeu. Sua rival política, a ex-presidente Cristina Kirchner, que lidera a Frente para a Vitória, da oposição, foi convocada para depor na Justiça sobre um caso de lavagem de dinheiro, no mesmo dia do protesto sindical. Ela pediu a seus seguidores que, em vez de acompanhá-la ao tribunal, saiam às ruas em apoio aos sindicatos.
Edição: Graça Adjuto
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