O promotor de justiça eleitoral Luiz Henrique Dal Poz denunciou na noite desta quinta-feira (10) o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e mais quatro pessoas por uso de caixa 2 em campanha. Caso a Justiça aceite a denúncia, Haddad e os demais acusados se tornarão réus por falsidade ideológica para fins eleitorais.
Procurada pela produção da TV Globo, a assessoria do petista disse que o ex-prefeito “qualificou a denúncia do promotor Luiz Henrique Dal Poz como um autêntico absurdo”.
“Segundo ele [promotor], na fase do inquérito, ficou demonstrado que não houve nenhuma irregularidade e que os pagamentos à gráfica não correspondiam à então campanha do ex-prefeito. Haddad vai se defender perante a Justiça Eleitoral”, disse a assessoria do petista.
“Segundo ele [promotor], na fase do inquérito, ficou demonstrado que não houve nenhuma irregularidade e que os pagamentos à gráfica não correspondiam à então campanha do ex-prefeito. Haddad vai se defender perante a Justiça Eleitoral”, disse a assessoria do petista.
À reportagem, o promotor disse que “houve omissão e inserção de elementos inidôneos na prestação de contas para a campanha municipal em 2012”. A pena é de até cinco anos de reclusão.
Delação
A investigação começou em 2016, com o fatiamento da Operação Lava Jato, a partir das delações do empresário Ricardo Pessoa, da UTC.
Pessoa disse que, depois da campanha eleitoral de 2012, recebeu a visita do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Segundo o empresário, Vaccari queria que a UTC pagasse uma dívida do partido com uma gráfica, no valor de R$ 3 milhões.
De acordo com o promotor, o pedido de contribuição foi renegociado para R$ 2,6 milhões. Segundo Dal Poz, a campanha de Haddad usou notas fiscais inidôneas para prestar contas.
A investigação começou em 2016, com o fatiamento da Operação Lava Jato, a partir das delações do empresário Ricardo Pessoa, da UTC.
Pessoa disse que, depois da campanha eleitoral de 2012, recebeu a visita do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Segundo o empresário, Vaccari queria que a UTC pagasse uma dívida do partido com uma gráfica, no valor de R$ 3 milhões.
De acordo com o promotor, o pedido de contribuição foi renegociado para R$ 2,6 milhões. Segundo Dal Poz, a campanha de Haddad usou notas fiscais inidôneas para prestar contas.
A defesa de Haddad informou, por meio de nota, que “ainda não teve acesso à denúncia”. “Podemos afirmar desde logo que não há qualquer elemento que sugira que os valores tratados por Ricardo Pessoa tenham sido empregados em sua campanha. Todos os interesses da UTC na cidade de São Paulo foram contrariadas pela gestão Haddad”, diz a nota assinada pelos advogados Pierpaolo Bottini e Leandro Raca.
Informações do G1
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