Pelo menos nove países africanos foram avisados que estão sob alto risco de transmissão de ebola em razão do surto registrado na República Democrática do Congo, informou hoje (25) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Guebreyesus.
"Estamos fazendo todo o possível para impedir que o ebola se espalhe para além das fronteiras e também para estarmos preparados caso isso aconteça”, disse.
Ontem (24), representantes da OMS se reuniram com governos de países vizinhos à República Democrática do Congo para discutir o cenário de ebola na região. O encontro se deu em meio à 71ª Assembleia Mundial da Saúde, que acontece em Genebra desde o início da semana.
“Nove países foram avisados que estão sob alto risco e ações de prontidão estão em andamento”, concluiu o diretor-geral da organização.
Casos
A República Democrática do Congo já notificou 58 casos de ebola. Os números incluem 28 casos confirmados, 21 casos prováveis e nove suspeitos, além de 27 mortes. A maior parte das infecções foi identificada nas regiões de Bikoro (29 casos) e Iboko (22 casos).
Vacinação
Desde o início da semana, o Ministério da Saúde local, em parceria com a própria OMS, Médicos sem Fronteiras e Fundo das Nações Unidas para a Infância trabalham para vacinar comunidades mais afetadas pelo ebola.
A dose em questão tem caráter experimental e já havia sido utilizada na Guiné em 2015. Segundo a OMS, a vacina foi utilizada em diversos ensaios envolvendo mais de 16 mil voluntários na Europa, na África e nos Estados Unidos e se mostrou segura para o uso em humanos.
Emergência
A República Democrática do Congo vive seu nono surto de ebola desde a descoberta do vírus, em 1976. Na última sexta-feira (18), a OMS optou por não declarar emergência internacional em saúde pública, mas alertou que a situação na região africana desperta preocupação e que países vizinhos foram avisados da possibilidade de disseminação do vírus.
Edição: Valéria Aguiar
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
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