Nove detentos ficaram feridos no confronto entre as facções criminosas.
Reprodução/WhatsApp
Rebelião ocorrida nesse sábado na Penitenciária Estadual de Alcaçuz resultou na morte de 27 presos por integrantes de facção rival.
O Governo do Estado confirmou no final da tarde deste domingo (15) que 26 presos foram mortos durante o confronto de facções criminosas na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, ocorrido ontem. Mais cedo, o o número divulgado foi de 27 mortes, mas, segundo o governo, um deles foi computado duas vezes por que alguns corpos foram esquartejados e dois foram carbonizados.
Outros nove detentos ficaram feridos durante a rebelião e foram encaminhados para o Pronto Socorro Clóvis Sarinho, onde permanecem em atendimento. A assessoria de imprensa do Hospital Walfredo Gurgel informou que eles não correm risco de morte.
Outros nove detentos ficaram feridos durante a rebelião e foram encaminhados para o Pronto Socorro Clóvis Sarinho, onde permanecem em atendimento. A assessoria de imprensa do Hospital Walfredo Gurgel informou que eles não correm risco de morte.
Nenhum policial, agente de segurança ou servidor do estado sofreu danos físicos.
A equipe do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) reforçou a estrutura para receber os corpos. O ITEP está com quatro equipes de criminalística, cinco necropapiloscopistas, quatro identificadores criminais, quatro arquivistas criminais, quatro médicos legistas, dois odontolegistas, além de duas psicólogas e uma assistente social para o acolhimento aos familiares das vítimas. Também foi contratado um caminhão frigorífico para manter os corpos conservados durante o processo de exames periciais e de identificação humana.
“Vamos trabalhar para agilizar a identificação das vítimas através de necropsia, arcada dentária ou DNA. Pelo estado dos corpos, alguns com muitas perfurações e decapitados, precisamos de tempo para identificar as vítimas. Nossa expectativa é concluir os laudos em até 30 dias”, explicou o diretor geral do ITEP, Marcos Brandão.
Sobre a situação em Alcaçuz, o secretário de estado da Segurança Pública, Caio Bezerra informou que o policiamento na unidade permanece reforçado na área externa e guaritas. “A Polícia Militar e a Força Nacional estão patrulhando o perímetro para prevenir fugas. Temos um planejamento e continuaremos colocando em prática para evitar que novos motins aconteçam”, disse.
De acordo com o titular da Sejuc, Wallber Virgolino, alguns responsáveis pela rebelião foram identificados. “O monitoramento continua e estamos avaliando. Caso necessário, faremos as transferências dos grupos e líderes que participaram do motim para outras unidades prisionais”, declarou o secretário.
Também estiveram presentes à coletiva, o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Sócrates Vieira; delegado geral adjunto da Polícia Civil, Correia Júnior; e o subcomandante da Polícia Militar, Ulisses Paiva.
O motim teve início no final da tarde desse sábado (14) e durou cerca de 13 horas, encerrando após a entrada da Polícia Militar na unidade prisional.
Gerlane Lima
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