quinta-feira, 26 de julho de 2018

Temer diz que acordo Mercosul-União Europeia pode sair em setembro

Presidente falou durante intervalo de encontros da 10ª Cúpula do Brics

O presidente Michel Temer se mostrou otimista com a assinatura de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia ainda este ano. Ele afirmou que há uma reunião marcada para setembro e que “não é improvável” que o acordo seja fechado nesse momento.
“As questões relativas à aliança do Mercosul com a União Europeia ainda estão em tratativas. Há uma reunião marcada novamente em setembro e nós nos esforçamos muito para isto, eu e o presidente [da Argentina, Mauricio] Macri, ao longo do tempo. E não é improvável que, em setembro, se consiga fechar esse acordo”.
Presidente da República, Michel Temer participa da reunião plenária fechada dos Chefes de Estado e de Governo do BRICS.
Michel Temer participa da reunião plenária fechada dos chefes de Estado e de Governo do Brics (Rogerio Melo/PR)
Temer disse que o acordo comercial anunciado ontem (25) entre o bloco europeu e os Estados Unidos em nada atrapalham as tratativas entre sul-americanos e europeus. Temer ainda exaltou a aproximação do Mercosul com a Aliança do Pacífico, formado por Chile, Peru, Colômbia e México.

Proposta de Putin

O presidente falou com jornalistas após sair de uma reunião com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Temer também disse que, em uma das reuniões com os chefes de Estado do Brics, o presidente russo Vladimir Putin propôs uma união maior entre os povos dos cinco países.
“O presidente Putin propôs, em uma reunião mais individualizada que tivemos, que fizéssemos os nossos povos se unirem mais. E isso significa uma partida desportiva, uma espécie de campeonato dos países dos Brics; um festival de cinema. Introduzir a cultura nas nossas relações, de fora à parte as relações econômicas”.
A 10ª Cúpula do Brics está sendo realizada desde ontem em Joanesburgo. Segundo o Itamaraty, o grupo responde por 23% do produto bruto mundial e 18,2% do comércio internacional. Em dez anos, as trocas entre os países do bloco evoluiu de US$ 92 bilhões para US$ 288 bilhões.

Edição: Davi Oliveira
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

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