Os promotores do Ministério Público do Paraná detalharam casos assustadores de violência doméstica cometidos pelo professor universitário Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, contra a advogada Tatiane Spitzner, 29, morta no último dia 22 de julho, em Guarapuava. O MP quer a manutenção da prisão preventiva do rapaz, que é suspeito pelo crime e está preso.
De acordo com os relatos, feito por testemunhas e que estão na denúncia oferecida pelo MP, o marido da vítima costumava chamá-la por apelidos humilhantes, como “bosta albina” devido à sua cor de pele. Além disso, como destaca o UOL, ele também destruía as peças de roupa de Tatiane caso ele não gostasse.
O texto aponta ainda que Manvailer “praticou todas as formas de violência familiar e doméstica contra Tatiane Spitzner”, que era obrigada a realizar todos os serviços domésticos da casa do casal. O suspeito não a ajudava nas tarefas e ainda a proibiu de contratar uma diarista.
Tatiane também foi impedida por Manvailer de usar como quisesse o próprio dinheiro que ganhava de forma livre, como advogada. Se ela comprasse alguma roupa, Luís Felipe teria de aprovar. Caso não gostasse, ele rasgava.
Quando não quis aceitar o divórcio, o acusado chegou a dizer que tinha “ódio mortal” e “nojo” da esposa, ficando dias sem conversar com ela.
O MP alega violência moral, psicológica e física por parte de Luís Felipe Manvailer, que foi gravado por câmeras de segurança agredindo Tatiane com “tapas, puxões de cabelo, empurrões, chutes, socos, golpes de artes marciais, que inclusive deixaram a vítima desacordada por aproximadamente dois minutos no dia do crime”.
Manvailer foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado; cárcere privado; e também por fraude processual.
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