quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Artistas e intelectuais manifestam apoio à presidenta Dilma Rousseff

O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu, nesta quinta-feira (17), um grupo de mais de 30 intelectuais e artistas, que entregaram a ele um manifesto em defesa da democracia, contra o golpe e pela saída do deputado Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados. A reunião, articulada pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN), contou também com a participação da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
No manifesto, assinado por mais de 2 mil artistas, cientistas e intelectuais, eles afirmam que Eduardo Cunha, por estar acuado pelas denúncias de envolvimento em atos ilícitos, com fartas provas, resolveu enfrentar o Estado Democrático de Direito, em uma atitude revanchista. “A aceitação de um pedido de impedimento da Presidenta da República no momento em que avança o processo de cassação do deputado é uma atitude revanchista que atenta contra a legalidade e desvia o foco das atenções e das investigações. Não se trata neste momento de aprovar ou reprovar o governo ou a forma como a Presidenta da República gerencia o país, mas de defender a legalidade e a legitimidade das instituições do nosso país”, destacam, na nota. Estiveram presentes à reunião com os senadores, o teólogo Leonardo Boff; o cineasta, Luiz Carlos Barreto; o escritor, Emir Sader; os músicos Chico César e Nelson Sargento; a atriz Tássia Camargo; entre outros.
Os artistas lembram, no manifesto, que não há fundamentos jurídicos para a abertura do processo de impeachment e que este é um momento em que a legalidade e as instituições democráticas estão sendo testadas, o que exige atitudes firmes de todos aqueles que têm compromisso com a democracia.
Para a senadora Fátima Bezerra, o manifesto traduz uma preocupação muito clara com a defesa da democracia brasileira. “ Mais uma vez, a classe cultura e os intelectuais estão fazendo história no país. Eles não estão se omitindo”, ressaltou.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, garantiu que, enquanto estiver na presidência do Congresso e do Senado, a Carta Magna do país será respeitada. “ Enquanto, eu estiver sentado nesta cadeia, nós iremos garantir e respeitar a constituição Brasileira. O impeachment está previsto na constituição, é constitucional. O que não é constitucional, é você colocar para andar um processo de impeachment, cuja caracterização de crime de irresponsabilidade não existe, não tem nenhuma evidência ou prova”, afirmou.
Íntegra do manifesto dos artistas e dos intelectuais em:http://www.naovaitergolpe.com/carta-ao-brasil/
Foto: Jane de Araujo/Agência Senado

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