Varejado pela força-tarefa da Operação Lava Jato e pelo Ministério Público paulista, o sítio que Lula utiliza como se fosse dono, em Atibaia, tornou-se alvo também de uma fiscalização da Polícia Militar Ambiental de São Paulo. Nesta quarta-feira, policiais militares visitaram a propriedade, informam os repórteres Tiago Danas e Silvia Amorim. Foram acompanhados pelo caseiro do imóvel, Élcio Pereira Vieira, chamado pelo apelido de Maradona.
Os policiais inspecionaram o lago e um anexo com quatro suítes. Foi erguido no final de 2010, quando Lula ainda dava expediente no Planalto e se preparava para passar a faixa presidencial a Dilma Rousseff. As investigações em curso indicam que as benfeitorias foram bancadas por empreiteiras pilhadas no escândalo da Petrobras e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, o amigo de Lula que está preso em Curitiba.
Verifica-se agora se o anexo com as suítes foi construído em área de proteção permanente, cortada por um córrego. A legislação ambiental proíbe a realização de construções numa faixa de 30 metros da margem dos cursos d’água. A Polícia Ambiental vai requisitar os documentos que autorizaram as obras. A requisição será endereçada aos proprietários formais do sítio, os empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Fábio Luís Lula da Silva, O Lulinha, primogênito de Lula.
Indagada sobre a visita de seus agentes ao sítio de Atibaia, a Polícia Ambiental alegou que não poderia se manifestar sobre a fiscalização porque ela ainda está em curso.
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