Desclassificada dos Jogos de Londres, em 2012, por conta de um golpe ilegal contra a húngara Hedvig Karakas, Rafaela Silva deu a volta por cima no Rio de Janeiro e conquistou nesta segunda-feira a primeira medalha de ouro do país na Olimpíada de 2016. A judoca carioca derrotou Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, na final da categoria peso-leve (até 57kg) e não escondeu a sua felicidade por superar críticas e vencer dentro de casa.
Emocionada, ela lembrou que a chamaram de vergonha da família e precisou se dedicar ainda mais ao esporte para voltar aos tatames. Rafaela Silva nasceu na comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, próxima ao Parque Olímpico, e tem também no seu currículo o título do Campeonato Mundial de Judô de 2013
– Eu treinei muito, não queria mais aquele sofrimento de Londres. Depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que judô não era para mim e que eu era uma vergonha para a minha família. Agora eu sou campeã olímpica dentro da minha casa (…). Eu treinei muito para estar aqui, muito para buscar a minha medalha. E o resultado, graças a Deus, veio.
Rafaela declarou amor ao judô e disse que, se não fosse o esporte, não sabe o que estaria fazendo da sua vida. A judoca tem 24 anos e iniciou a sua trajetória no Instituto Reação, que é comandado por Flávio Canto, bronze nos Jogos de 2004, em Atenas.
– Acho que a minha vida é o judô. Se não fosse o judô, eu não sei onde estaria agora. Poderia estar ainda brincando dentro da Cidade de Deus, mas graças a Deus eu conheci o esporte e estou aqui como campeã mundial e campeã olímpica.
SporTV
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