terça-feira, 11 de outubro de 2016

Grupo realiza ato a favor da vaquejada em frente à Assembleia Legislativa

Vaqueiros protestam contra decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar prática inconstitucional.


Nominuto.com
Manifestantes realizam ato a favor da vaquejada na manhã desta terça-feira na Praça Sete de Setembro.
A Associação dos Vaqueiros Amadores do Rio Grande do Norte (Assovarn) organizou na manhã desta terça-feira (11) um protesto em frente à Assembleia Legislativa,  na Cidade Alta, a favor da vaquejada.

Um grupo de vaqueiros se concentra na Praça Sete de Setembro com cartazes contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de declarar a prática inconstitucional. Em uma das faixas direcionada aos membros da Corte faz o apelo à tradição secular. "Senhores ministros, é justo proibir uma tradição de 100 anos?", estampam os manifestantes.

O presidente da Associação dos Vaqueiros Amadores do Rio Grande do Norte (Assovarn), Paulo Saldanha, disse que a decisão do STF surpreendeu todos os praticantes da atividade. “Foi uma surpresa, ninguém esperava por se tratar de uma tradição nordestina, por se tratar de nossa cultura e são 600 mil empregos gerados no Nordeste, 20 mil no Rio Grande do Norte”.

ProtestoVaquejada

O advogado e entusiasta da vaquejada, Felipe Cortez, esclareceu que o ato pretende alertar a população e a classe política para a regulamentação da vaquejada. “É para convidar os políticos e convidar a sociedade a abrir os olhos do Supremo Tribunal Federal para revisitar essa matéria nos embargos de declaração que serão opostos, é o único recurso cabível a partir da publicação do acórdão, para mostrar que a matéria precisa ser regulamentada e não proibida diante da grandiosidade dos números que a vaquejada gera”, explicou.

No último dia 6, o STF declarou inconstitucional a lei cearense 15.299/2013, que regulamentava os espetáculos de vaquejada no estado. Com o entendimento da Corte Máxima do país, a vaquejada passa a ser considerada uma prática ilegal, relacionada a maus-tratos a animais e, por portanto, proibida.

Em uma decisão apertada, o julgamento iniciado em agosto do ano passado, terminou com seis votos a favor da inconstitucionalidade e cinco contra.

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