quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Lewandovski encaminha inquérito de Henrique e Cunha para Justiça Federal no RN

Apuração da PGR aponta suposta propina da OAS disfarçada em doação de campanha do potiguar em 2014.


FD/Natal
Junto com Eduardo Cunha, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves será investigado por suposta propina paga pela OAS na campanha eleitoral de 2014.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, determinou o envio para a Justiça Federal do Rio Grande do Norte de inquérito aberto contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o empreiteiro José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS.
Todos os documentos que apontam suposta propina disfarçada em doação de campanha eleitoral foram remetidos hoje (20) ao juízo federal no RN.
Segundo a Procuradoria Geral da República, conversas interceptadas no celular de Léo Pinheiro mostraram uma conversa em que Cunha e o empresário falavam sobre votações de interesse da empreiteira. 
Na sequência, o deputado cassado cobra doações oficiais da OAS para campanha de Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
As informações foram enviadas para o Rio Grande do Norte em razão da cassação de Eduardo Cunha, que, com isso, perdeu o foro privilegiado, e porque as suspeitas apontadas na apuração ocorreram no RN.
Como ex-deputado federal, Henrique Eduardo Alves não tem direito a foro privilegiado e responderá o inquérito no âmbito da primeira instância da Justiça Federal.
Hoje, em nota, o ex-deputado Henrique Alves disse que os valores recebidos da OAS foram legais e declarados à Justiça Eleitoral, e que está à disposição das autoridades para esclarecer todos os fatos.

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