quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Antenor Roberto vê 'maledeta' correlação de forças em torno de Michel Temer

Dirigente estadual do PCdoB defende frente de esquerda para contrapor o atual governo, e retomar o poder central do país.


Nominuto.com
Antenor Roberto, do PCdoB, afirmou que a eventual candidatura a presidente pode se fazer necessária para enfrentar a nova cláusula de barreira.
O advogado Antenor Roberto, dirigente estadual do PCdoB, confirmou hoje (16) que a legenda analisa o lançamento de candidatura própria à presidência da República em 2018, mas ressaltou o seguinte: “O que mais importa no momento é a discussão de uma frente de esquerda para contrapor a ‘maledeta’ correlação de forças extremamente conservadora que sustenta o atual Governo Temer”, disse.
Antenor destacou que o principal nome do PCdoB numa eventual candidatura presidencial é o do ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo. 
A legenda analisa outros quadros como o governador do Maranhão, Flávio Dino, e as deputadas Jandira Feghali (RJ) e Luciana Santos (PE).
O dirigente estadual do PCdoB afirmou que a eventual candidatura a presidente pode se fazer necessária para enfrentar a nova cláusula de barreira em discussão no Congresso Nacional no âmbito da reforma política.
“O PCdoB precisa reforçar sua bancada na Câmara dos Deputados, e ter boa votação nas unidades da federação” explicou Antenor. O partido defende 1% dos votos em cada estado e no DF no primeiro ano da regra. 
O Senado já aprovou o seguinte texto: 2% dos votos válidos para deputado federal em todo o país; e 2% dos votos para deputado federal em, no mínimo, 14 unidades da federação. Em 2022, a taxa mínima de votos apurados nacionalmente será de 3%, mantida a taxa de 2% em pelo menos 14 unidades federativas.
O PCdoB vai reunir os dirigentes estaduais em março para discutir a viabilidade da candidatura própria, e o arco de alianças para as próximas eleições.
Segundo Antenor Roberto, o PCdoB possui uma visão programática da conjuntura política nacional e tem como aliados preferenciais o PT, PDT, parte do PSB e fragmentos de outros partidos. “PSOL e PSTU têm dificuldade de entender a nossa formulação sobre a ‘maledeta’ correlação de forças. Ninguém pode fazer nada nesse país sem os partidos do centro”, falou o advogado. "Nosso plano é retomar o poder central", disse.
“Nós não podemos ficar dependentes de uma candidatura de Lula, mesmo diante dos índices de pesquisa, porque essa pode não ser a solução para superar o governo conservador de Michel Temer”, analisou Antenor.
“Lula ainda é o maior líder popular, mas precisamos saber se o país estará funcionando nas condições mínimas de democracia em 2018”, completou.

Diógenes Dantas

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