terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

No RN, Foram registradas 31 homicídios entre a sexta (24) e segunda-feira (27) de Carnaval


Em Macau, crime aconteceu na rua Feliciano Tetéo, no bairro Porto de São Pedro (Foto: Divulgação/PM)

O número de assassinatos registrados este ano no Rio Grande do Norte – em uma parcial de casos ocorridos durante o período de carnaval deste ano – já é maior que a quantidade de homicídios registrados em todos os dias de folia do ano passado. Segundo o Observatório da Violência do RN (OBVIO), foram registradas 31 mortes no estado entre as primeiras horas da sexta (24) e a meia-noite desta segunda-feira (27). Ano passado, foram 25 assassinatos. Já em 2015, foram contabilizados 22 homicídios.

 Entre as vítimas da violência está o cabo da Polícia Militar Edmilson Nascimento de Oliveira Júnior. Baleado na noite da sexta-feira (24), ele não resistiu ao ferimento e morreu no sábado (25). O PM levou um tiro nas costas durante uma tentativa de assalto em um bar na Av. das Alagoas, no conjunto Pirangi, Zona Sul de Natal.

Ao G1, a assessoria de comunicação da Polícia Militar disse que nenhuma morte ocorreu diretamente em locais de festa e que a PM só vai fazer um balanço ao final do carnaval.

Especialista em segurança pública e um dos coordenadores do OBVIO, Ivênio Hermes diz que considera os números “estarrecedores”, pois se deve considerar que ainda falta toda esta terça-feira e a Quarta-Feira de Cinzas para o término da festa. "Os registros de 2016 e 2015 contabilizam todo o período de carnaval. Já os dados tabulados até o momento são apenas uma parcial", ressaltou.

“Se a gente comparar com os 2.700 policiais que foram disponibilizados para a Operação Carnaval, podemos perceber quão mal distribuído é esse efetivo. Pergunto-me se eles (policiais militares) tiveram acesso à mancha criminal ou se foram apenas colocados em locais de visibilidade, pois os números parecem muito alto para a quantidade de agentes. Estrategicamente falando, 2.700 policiais significam 675 por dia. E isso se for obedecida uma escala humanizada”, comentou Hermes.

Ainda segundo o especialista, “30 dos 31 casos acima foram cometidos usando arma de fogo. O mapeamento prognóstico não tem sido utilizado para retirada de armas de fogo de circulação. As apreensões de armas de fogo têm sido aleatórias e fortuitas”, criticou.

Ainda de acordo com os dados do Observatório, a maioria dos assassinatos registrados no período de carnaval deste ano aconteceu na capital. Foram 12 até o momento. Veja a tabela completa:

Natal: 12
Mossoró: 4
Parnamirim: 4
Ceará-Mirim: 2
São Gonçalo do Amarante: 2
Arez: 1
Extremoz: 1
Grossos: 1
Macau: 1
Martins: 1
Santa Cruz: 1
Tangará: 1


Do G1 RN

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