Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O RioMarket 2016, área de mercado do Festival do Rio, começou ontem (5) e vai até a quarta-feira que vem (12) com uma programação de seminários, palestras, workshops e rodadas de negócios, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Flamengo, zona sul do Rio. As inscrições para quem quer acompanhar os encontros com participação de integrantes da indústria nacional e internacional de audiovisual, do cinena e de TV podem ser feitas no site www.riomarket.com.br.
A programação é preparada ainda para incentivar a troca de conhecimento entre profissionais, produtores e empresas do setor de audiovisual, com oportunidades de negócios, inclusive, no mercado internacional. Pelo segundo ano consecutivo ocorre o RioMarket Advertising, um espaço para a discussão das tendências do mercado publicitário desses produtos.
Para a diretora do Festival do Rio e coordenadora do RioMarket, Walkíria Barbosa, os dois eventos têm sido responsáveis por colaborar na formação de profissionais da indústria e dos que pretendem fazer parte do setor. A produtora disse que representantes de empresas de canais e de internet que participaram hoje do primeiro dia de encontros das rodadas de negócios do RioMarket, destacaram a evolução na qualidade dos projetos apresentados. “Todos vieram falar comigo que o nível dos projetos está melhor do que o do ano passado”, disse.
Walkíria disse que após os Jogos Rio 2016, a cidade ficou em maior evidência e isso vai atrair ainda mais interessados ao RioMarket. “A gente está com uma grande expectativa.A programação de hoje foi toda lotada”.
Produtos digitais
De acordo com a coordenadora, uma área que promete ser bastante movimentada na edição deste ano é a de produção para a internet, que tem atraído muitos jovens que se transformaram em blogueiros e youtubers. “Este ano estamos dando um espaço grande para esta discussão porque a gente precisa discutir o que está acontecendo no universo da internet, no conteúdo da telefonia celular. É uma realidade poderosa hoje, poderosa inclusive em nível econômico. O Festival do Rio e o Rio Market, como evento de audiovisual, têm que procurar cada vez mais trazer o segmento que está dentro do mercado”.
Segundo a produtora, o RioMarket é precursor no mundo na discussão sobre a revolução digital, que já vem sendo discutida em edições anteriores. “A gente está muito antenado nisso e vem discutindo a questão do universo digital há muito tempo e abordando de maneira diferenciada”.
Mercado estrangeiro
Os produtos brasileiros podem ser assistidos pelo público de língua portuguesa no exterior sem a necessidade de legendas. Para Walkiria Barbosa esta é uma confirmação de que com o avanço da tecnologia é possível exportar cada vez mais. Ela disse que a empresa norte-americana Star, que pertence ao grupo de entretenimento LionsGate, está usando um aplicativo que permite a exibição de uma série brasileira sem legenda para um público de língua portuguesa nos Estados Unidos.
“Eles identificam em parceria com as empresas que avaliam o perfil do consumidor dos canais qual o público de língua brasileira e oferece o conteúdo para este público, por exemplo, brasileiros que moram em Atlanta, em Miami, em Boston, enfim, nos Estados Unidos inteiro. Isso é muito legal, porque abre espaço muito grande para que o nosso conteúdo possa viajar”, disse, informando que o aplicativo vai ser apresentado a produtores brasileiros este ano no RioMarket.
Programação para jovens
A parte social da área de mercado do Festival do Rio vai continuar e pela quarta edição consecutiva, será feito no RioMarket Jovem para a capacitação do público jovem. O encontro tem a participação de adolescentes de comunidades do Rio selecionados para uma imersão na indústria audiovisual. Eles participam de várias atividades com workshops e seminários e têm contato com integrantes do setor. “Agora eles vão botar em prática um pouco do que aprenderam nestes anos. Estou muito entusiasmada e eles estão mega-felizes”, disse, acrescentando que tem um grupo de 20 jovens que participam desde o início e a cada ano são incluídos outros na experiência.
Walkíria Barbosa destacou que o Festival do Rio tem voluntários e neste ano aumentou a procura chegando a ter o interesse de mil pessoas. Dessas foram aceitas 700 inscrições para trabalhar em diversas funções. “Muitos voluntários que iniciaram com a gente 18 anos atrás, hoje são grandes profissionais do setor. Também para quem trabalha no evento é um grande aprendizado. A gente tem vários formatos de como se forma profissionais de audiovisual. Na equipe da arte do festival são quase todos rapazes e moças que vêm de periferia, que trabalham com a gente e já são excelentes profissionais do setor”.
Edição: Fábio Massalli
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