quinta-feira, 31 de março de 2016

Dilma demite 2 indicados do PMDB após partido romper com o governo

Dois diretores apadrinhados pela legenda foram exonerados.
Planalto negocia cargos para garantir votos contra impeachment.


A presidente Dilma Rousseff (PT) exonerou dois indicados pelo PMDB para o executivo nesta quinta-feira (31), dois dias após o partido romper com o governo. O Planalto conta com os cargos da legenda para conseguir conquistar votos contra o impeachment junto a outras, como PP, PSD e PR.
Um dos demitidos é Walter Gomes de Souza, colocado no cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Denocs) por indicação do pemedebista Henrique Eduardo Alves, que deixou o ministério do Turismo no início da semana - antes mesmo do desembarque oficial do partido.
O outro é Rogério Abdalla, que era diretor Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a pedido da bancada do PMDB do Senado.
Na terça-feira (29), quando anunciou o rompimento do partido com o governo, o vice-presidente do PMDB, Romero Jucá, afirmou que a partir daquele dia ninguém no país estava mais autorizado a "exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB".
Apesar disso, os pemedebistas seguem no comando de seis ministérios: Kátia Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde), Helber Barbalho (Portos), Celso Pansera (Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Mauro Lopes (Aviação Civil). Kátia e Pansera manifestaram publicamente que não vão deixar as pastas.
Negociações
As principais ofertas de cargos por parte do governo devem ser feitas para PR, PP e PSD, que integram a base do governo, mas que oficialmente ainda não se decidiram se permanecem ou não com Dilma após a saída do PMDB.
O governo negocia, além dos ministérios, os cargos de 2º e 3º escalão, incluindo presidência de estatal, e que vão servir também para acomodar pequenos partidos. E petistas não descartam abrir mão do próprio espaço do PT se for preciso, para salvar a presidente Dilma.
Do G1, em São Paulo

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