Os oito estrangeiros e um indonésio condenados à morte por tráfico de drogas na Indonésia, entre eles, o brasileiro Rodrigo Gularte, já foram levados para a prisão de segurança máxima de Nusakambangan, em Cilacap, a cerca de 400 quilômetros de Jacarta, capital do país, onde ocorrerá o fuzilamento. Na última quinta-feira (23), o governo do país asiático notificou os países de origem dos presos sobre a proximidade do cumprimento da pena, que deve ocorrer nos próximos três dias.
Além do brasileiro, na fila de execução
há cidadãos da Austrália, das Filipinas, da Nigéria e de Gana. O
Ministério das Relações Exteriores brasileiro ainda não recebeu
comunicação oficial sobre a data da execução de Rodrigo Gularte, preso
desde julho de 2004, quando entrou na Indonésia com seis quilos de
cocaína escondidos em pranchas de surfe.
“Hoje, acabamos de notificar todos os condenados [sobre a execução]”,
disse o porta-voz do procurador-geral da Indonésia, Tony Spontana.
Apesar de o porta-voz não informar a data das execuções, a defesa da
filipina Mary Jane Veloso (uma das condenadas à morte) disse que a sua
cliente foi informada que seria executada na próxima terça-feira (28).
Pelas leis indonésias, os presos e seus
representantes devem ser comunicados com 72 horas de antecedência da
execução. A convocação dos representantes das embaixadas gerou
especulação entre quem acompanha o caso e os envolvidos de que, hoje
(25), as autoridades do país podem definir a data da execução por
fuzilamento.
A defesa do paranaense continua tentando
convencer a Justiça da Indonésia de que ele precisa de tratamento
psiquiátrico, adiando ao máximo execução. “Sem desconhecer a gravidade
dos crimes que levaram à condenação de Rodrigo Gularte e respeitando a
soberania e o sistema jurídico indonésios, o governo brasileiro segue
realizando gestões sobre o caso, por razões humanitárias e tendo em
conta o estado de saúde do cidadão brasileiro”, informou o Itamaraty à Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário