Duelo válido pela semifinal do Campeonato Carioca terminou com vitória vascaína
O Vasco soube enfim aproveitar o que o Flamengo considerou que fosse
vantagem, recuando demais no princípio da etapa derradeira, permitindo
que o adversário marcasse o gol que lhe deu a vaga na decisão do
Estadual, embora isto ocorresse graças a um pênalti que não existiu. De
todo jeito, um castigo para covardia da equipe de Vanderlei Luxemburgo.
Os cruz-maltinos encerraram também um período de três anos e 11 jogos
sem vitória sobre o rival.
Classificação e jogos
O Flamengo começou cauteloso, tentando se aproveitar do tal empate, mas
o Vasco não criava o suficiente para ameaçar, à exceção das bolas
levantadas na área rubro-negra, quando efetivamente ganhava todas na
cabeça, mas com conclusões sem pontaria. Assim, aos poucos o time da
Gávea foi se soltando, tornando o duelo mais equilibrado, tanto que teve
as duas melhores oportunidades da etapa inicial, com Éverton, chutando
livre por cima, e com Alecsandro, que fez Martín Silva praticar defesa
magistral. Na realidade, as duas equipes mostravam receio de arriscar
demais, tomar gols, e sair para o intervalo com a obrigação de construir
um resultado próximo do impossível.
Para o tempo final, o Vasco trocou Marcinho por Dagoberto, para tornar o
time necessariamente mais ofensivo, e o Flamengo lançou Artur Maia na
vaga de um inoperante Luiz Antônio. O Rubro-Negro, porém, retornou
excessivamente atrás, deixando o Vasco manobrar. Logo aos cinco minutos,
Rafael Silva cabeceou, Paulo Victor defendeu, e os cruz-maltinos saíram
comemorando. Sem a visão total, o árbitro e o auxiliar Rodrigo
Figueiredo Correia preferiram não dar o gol.
Na prática, nem a TV conseguiu provar se a bola entrou. Ou não. Aos 15,
no entanto, e ainda na dúvida sobre o lance anterior, Rodrigo Nunes de
Sá equivocadamente assinalou pênalti de Wallace em Serginho, após
bobeada de Márcio Araújo, que perdeu a bola e permitiu o contra-ataque.
Gilberto cobrou e fez 1 a 0.
O Flamengo perdeu o rumo. Não conseguia acertar mais nada. Luxemburgo
pôs Gabriel e Eduardo da Silva nos lugares respectivamente de Éverton e
Marcelo Cirino. Curiosamente, o Vasco começou a se segurar. Martín Silva
fez outra defesa espetacular, em voleio de Gabriel. De qualquer forma, o
Rubro-Negro já estava desorganizado, e passou a depender de uma jogada
fortuita, que não aconteceu. No fim, bastou ao Vasco aproveitar o
desespero do adversário para ir à decisão.
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