Após reunião hoje (2), no Palácio do Planalto, entre os presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Suriname, Desiré Bouterse, os dois países firmaram acordos em temas como segurança, facilitação de investimentos, educação e agricultura. Foram assinados seis acordos de cooperação. A migração e a situação da Venezuela também foram temas debatidos no encontro entre os presidentes.
Temer lembrou que Brasil e Suriname têm cerca de 600 quilômetros de fronteira comum e disse que, por isso, é fundamental a cooperação na área de segurança. Ele citou o acordo firmado entre a Polícia Federal brasileira e o Corpo de Polícia do Suriname, que “permitirá uma atuação mais coordenada para combater o crime transnacional e reforçar a segurança das fronteiras”.
Temer e Bouterse também conversaram sobre a preocupação humanitária com a questão dos refugiados venezuelanos.
O presidente do Suriname destacou a importância da integração regional e de aprofundar relações com países fronteiriços como o Brasil. Desiré Bouterse disse que o Suriname está em posição ideal para funcionar como ponte no continente e está pronto para convidar empresas brasileiras para fazer negócios no país. “A assinatura de acordo de cooperação e investimento representa o alicerce jurídico para tanto”, disse.
Acordos
Ministros do Brasil e do Suriname assinaram acordos de cooperação técnica, de natureza econômico-comercial e de cooperação em defesa e segurança, entre outros temas.
Foram assinados acordos complementares para a execução dos projetos: Consolidação e Ampliação da Capacidade de Zoneamento Agroecológico e da Educação Ambiental do Suriname; Evoluindo da Agricultura Itinerante para Sistemas Agroflorestais no Suriname: Segurança Alimentar por meio da Agricultura Sustentável; Introdução do Cultivo Sustentável do Açaí no Interior do Suriname; Programa de Alimentação Escolar em Koewarasan, Distrito de Wanica.
Representantes dos dois países firmaram ainda memorando de entendimento em cooperação interinstitucional entre a Polícia Federal do Brasil e o Corpo de Polícia do Suriname e o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos.
Comércio entre os países
O Suriname é parceiro estratégico do Brasil na fronteira norte. Ambos mantêm tradicional agenda de cooperação técnica e na área de defesa.
O comércio bilateral voltou a crescer no ano passado, alcançando US$ 40,1 milhões, com superávit a favor do Brasil de US$ 29,4 milhões.
Colonizado pela Holanda, o Suriname tem como idioma o neerlandês. Com pouco mais de 2,8 milhões de habitantes, o país vive às voltas com uma economia instável e baseada na produção agrícola e mineral. Há grupos isolados de brasileiros que vivem no Suriname, a maioria garimpeiros em busca de metais preciosos.
Edição: Nádia Franco
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