segunda-feira, 11 de abril de 2016

Investigação aponta surto de Doença de Chagas em municípios do RN em 2015

Foram investigados 21 casos suspeitos e até o momento foram confirmados 14.


Uma equipe de resposta rápida da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em colaboração com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (SESAP), Regional de Pau dos Ferros e Secretarias Municipais de Saúde, realizou, no mês de março, uma investigação epidemiológica sobre a ocorrência de Doença de Chagas Aguda (DCA) em quatro municípios do RN.
Foram investigados 21 casos suspeitos de DCA e até o momento foram confirmados 14, sendo 11 por critério laboratorial e três por clínico epidemiológico, sete aguardam resultado laboratorial. Os casos confirmados apresentaram sinais e sintomas em outubro de 2015, com maior concentração entre os dias 14 e 18 de outubro.
Os casos estudados foram notificados nos municípios de Tenente Ananias, Marcelino Vieira, Alexandria e Pilões, sendo que oito casos confirmados estão localizados em Marcelino Vieira. O trabalho foi feito devido à identificação de aumento do número de casos suspeitos de doença de Chagas aguda (DCA).
“O período do aumento de casos coincide com o período da moagem da cana-de-açúcar”, explica Lúcia Abrantes, no Núcleo de Entomologia da Sesap. Ela explica que o relatório serve de alerta para a população daquela região, pois os indícios são de que a contaminação aconteceu através do caldo de cana consumido nos engenhos. “A moagem da cana acontece todos os anos, mas é a primeira vez que tivemos esse surto no Rio Grande do Norte”. Em todos os 14 casos confirmados foi relatada a ingestão de caldo de cana procedente da mesma fazenda.
Ao encontrar o inseto transmissor (conhecido como barbeiro) é recomendado que ele seja colocado num recipiente fechado, porém com furos, para que o inseto possa respirar. O recipiente deve ser levado a um posto de saúde do município, que deverá encaminhá-lo para exames. Uma vez confirmada a contaminação pelo Trypanosoma cruzi no inseto, deverá ser feita a sorologia nos moradores do local onde o vetor foi encontrado. 

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