Divulgação dos balanços do 3º trimestre e de 2014 está atrasada.
Resultado contábil será divulgado após decisão do conselho.
A Petrobras informou nesta segunda-feira (13) que seu Conselho de Administração vai se reunir no próximo dia 22 de abril para apreciar as demonstrações contábeis auditadas do 3º trimestre, que será revisado, e de 2014.
A publicação dos dois resultados está atrasada, devido às investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sobre o esquema de corrupção envolvendo a empresa estatal.
A Petrobras contratou a auditoria independente PricewaterhouseCoopers (PWC) para assinar seu balanço, mas ela havia se negado a prestar o serviço devido ao escândalo de corrupção.
Pelo contrato de dívida com credores, o balanço anual auditado da empresa deve ser entregue até o final de abril. Após essa data, a Petrobras teria de 30 dias a 60 dias para cumprir essa obrigação.
"A companhia espera divulgar essas demonstrações contábeis ao mercado, após a decisão do Conselho de Administração", afirmou a petroleira em comunicado ao mercado.
Balanço não auditado
No dia 28 de janeiro, a Petrobras divulgou o balanço não auditado do 3º trimestre da companhia, após dois adiamentos. Mas o documento deixou de fora as perdas esperadas pelas denúncias de corrupção na estatal investigadas na Lava Jato, conforme era aguardado pelo mercado.
No dia 28 de janeiro, a Petrobras divulgou o balanço não auditado do 3º trimestre da companhia, após dois adiamentos. Mas o documento deixou de fora as perdas esperadas pelas denúncias de corrupção na estatal investigadas na Lava Jato, conforme era aguardado pelo mercado.
De acordo com o balanço, que não teve o aval da auditoria independente PwC, a petroleira teve lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre do ano passado. O valor representa uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior em 2014, "refletindo o menor lucro operacional", segundo a Petrobras.
Já em relação ao terceiro trimestre de 2013, quando o lucro havia sido de R$ 3,395 bilhões, o recuo foi de 9,9%. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro foi de R$ 13,439 bilhões, uma queda de 22% frente ao mesmo período do ano passado.
Perdas por corrupção
A empresa afirmou ao mercado que a metodologia que apontou perdas no valor de R$ 88,6 bilhões com corrupção "não se mostrou adequada à mensuração dos potenciais pagamentos indevidos". Segundo a Petrobras, por este cálculo o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossível de serem quantificadas individualmente.
A empresa afirmou ao mercado que a metodologia que apontou perdas no valor de R$ 88,6 bilhões com corrupção "não se mostrou adequada à mensuração dos potenciais pagamentos indevidos". Segundo a Petrobras, por este cálculo o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossível de serem quantificadas individualmente.
A ausência dos dados sobre as perdas com corrupção, segundo a estatal, acontece porque houve "impraticabilidade" de quantificar esses dados de forma correta. A Petrobras diz ainda que está avaliando metodologias da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Securities and Exchange Comission (SEC, equivalente à CVM nos EUA), para adequar as contas.
Ações da Petrobras em alta
Nesta segunda-feira, as ações da estatal subiram com força, com o mercado à espera da reunião do Conselho sobre o balanço auditado, e com a notícia publicada pela Agência Estado de que a estatal pretende vender a participação na petroquímica Braskem, controlada pela petroleira junto da Odebrecht.
Nesta segunda-feira, as ações da estatal subiram com força, com o mercado à espera da reunião do Conselho sobre o balanço auditado, e com a notícia publicada pela Agência Estado de que a estatal pretende vender a participação na petroquímica Braskem, controlada pela petroleira junto da Odebrecht.
As ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobras fecharam hoje em alta de 4,99%, a R$ 12,42, enquanto as preferenciais (as mais negociadas, com prioridade na distribuição de dividendos) avançavam 3,81%, para R$ 12,27, na maior cotação de fechamento desde meados de dezembro do ano passado.
Do G1, em São Paulo
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