Passados os 100 primeiros dias de gestão do Governador Robinson Faria,
algumas medidas foram tomadas de forma positiva, entretanto, sentimos
falta de um projeto estruturado e amplo com o foco de modernizar a
gestão do Estado.
O Rio Grande do Norte precisa,
urgentemente, de uma nova cultura comportamental do setor público,
voltada para o desenvolvimento e critérios objetivos para se medir o
desempenho dos resultados das ações governamentais, e a adoção de
fatores de estímulo e motivação dos servidores públicos.
Defendemos a tese de que ainda dá tempo
de realizar essas mudanças, antes do Governo ser engolido pelas crises
diárias de demandas, típicas de um Estado falido na prestação de
serviços públicos e sem forças para reagir.
Eu não conheço nenhum grande projeto
nascido sem um amplo planejamento, por isso, nos artigos anteriores,
sugerimos a criação de um grande órgão de planejamento estatal e a
transformação da Escola de Governo em uma universidade de formação de
gestores públicos.
Agora, sugerimos ao Governador algumas das medidas que já deveriam ter sido feitas desde as primeiras semanas da nova gestão:
a) Criação de Grupo de Trabalho para tratar exclusivamente dos grandes projetos estratégicos do Estado, como, por exemplo, os acessos do aeroporto de São Gonçalo, evitando, assim, que esses temas caiam na vala comum da burocracia estatal. A tramitação desses processos deve se dar de forma diferenciada e com equipe especial;
a) Criação de Grupo de Trabalho para tratar exclusivamente dos grandes projetos estratégicos do Estado, como, por exemplo, os acessos do aeroporto de São Gonçalo, evitando, assim, que esses temas caiam na vala comum da burocracia estatal. A tramitação desses processos deve se dar de forma diferenciada e com equipe especial;
b) Revisão dos organogramas de todas as
secretarias e órgãos do Governo. A grande maioria das estruturas
organizacionais destes órgãos está defasada e não mais atende às
necessidades dos modernos mecanismos de gestão;
c) Levantamento de todas as obras
inacabadas com o diagnóstico da real possibilidade de retomada das
mesmas e divulgação, da forma mais transparente possível, de tais dados
para a sociedade;
d) Replanejamento orçamentário e das
ações de Governo para a redução de despesas. O simples contingenciamento
do custeio, com a manutenção de projetos e atividades orçadas,
significaria que os órgãos permaneceriam com as mesmas ações sem
recursos suficientes para executá-las;
e) Extinção de alguns órgãos, empresas
públicas, cargos comissionados. A máquina não precisa ser do tamanho
atual, precisa ser menor, mais ágil e mais eficiente;
f) Criação de Grupo Interdisciplinar
Permanente de avaliação de Recursos Humanos (quantidade de servidores,
distribuição entre os órgãos, remuneração, lotação, carga horária,
duplicidade de vínculos, servidores à disposição). Hoje a folha de
pagamento é a principal despesa do Estado e a otimização desse custo
deve ser tratada de forma estratégica e prioritária;
g) Implementar o leilão das dívidas do
Estado, como forma de diminuir os débitos da máquina e agilizar o
recebimento para alguns fornecedores;
h) Criação de Fórum Permanente com os
principais empresários, investidores do Estado e economistas do Estado
para discutir os melhores caminhos e os atuais gargalos no
desenvolvimento do Rio Grande do Norte.
i) Envio de um projeto para a Assembleia
Legislativa estabelecendo critérios técnicos e objetivos para todos os
cargos comissionados de gerenciamento na Administração Pública Estadual.
j) Criação de Grupo de Trabalho para o
estabelecimento de metas para todos os órgãos públicos do Estado. Se não
existem metas não há gestão! A meta é a força motriz da boa Gestão.
Definir metas não é listar desejos. Meta tem de ter objetivo, valor e
prazo.
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