Edvaldo Fagundes era considerado foragido desde a última sexta (17).
Operação Salt investiga grupo criminoso que atua desde a década de 90.
Investigado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro e sonegação
fiscal, o empresário Edvaldo Fagundes de Albuquerque se entregou na
manhã desta segunda-feira (20). Ele era considerado foragido desde a
última sexta-feira (17), quando foi deflagrada a terceira fase da
operação Salt, que apura a atuação de um organização criminosa com
ramificações no setor salineiro.
O filho do empresário, Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque,
também se entregou na superintendência da PF, em Mossoró, na região
Oeste.
O empresário e o filho estão presos na Cadeia Pública Manoel Onofre de
Sousa, em Mossoró. Os dois tinham mandados de prisão em aberto. Antes de
serem levados para o sistema prisional, ambos foram submetidos a exames
de corpo delito no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep).
De acordo com a PF, os mandados de prisão foram expedidos para
integrantes de uma "organização criminosa que desde a década de 90
especializou-se em praticar delitos de sonegação fiscal, apropriação
indébita previdenciária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, com
prejuízos estimados em mais de R$ 500 milhões".
Segundo as investigações, o grupo se utilizava do artifício de criar
paper companies (empresas que só existem no papel), e fazia uso de
laranjas para garantir o livre ingresso de receitas nos caixas de mais
de 30 empresas envolvidas no esquema e que atual no ramo de plásticos,
tecidos, combustíveis, resina, construção civil e na extração de sal.
As prisões foram pedidas pelo Ministério Público Federal. Em março
deste ano, na mesma operação, a PF cumpriu quatro mandados de busca e
apreensão nas sedes de três empresas e na casa de um empresário do ramo
salineiro.
Em 2013, a operação foi deflagrada no RN, Paraíba, Ceará e Pernambuco.
Na ocasião, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão expedidos
pela Justiça Federal de Mossoró nos quatro estados.
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