Pelo menos 28 pessoas morreram e outras 327 ficaram feridas nesta terça-feira (19) em um atentado suicida cometido por insurgentes talibãs em uma zona de alta segurança em Cabul, a capital do Afeganistão, onde ocorreu uma troca de tiros entre tropas afegãs e insurgentes após a explosão, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
A maior parte dos mortos “são civis, incluídos mulheres e crianças” e dos 327 feridos, apenas 180 permanecem hospitalizados, segundo o chefe da polícia de Cabul, Abdul Rahman Rahimi, em entrevista coletiva.
Segundo Rahimi, participaram do ataque dois insurgentes. Um deles morreu ao detonar os explosivos que estavam em um pequeno caminhão, enquanto o segundo morreu meia hora depois ao ser atingido por disparos das forças de segurança.
O caminhão explodiu em um estacionamento onde há oficinas de reparos de veículos, que estão coladas com as instalações de uma unidade das forças de segurança encarregada da proteção de oficiais de alta categoria, explicou o chefe policial.
O ataque aconteceu às 8h55 locais (1h25 de Brasília), detalhou por sua vez o chefe do Departamento de Emergências do Ministério do Interior afegão, Homayoon Aini, que informou que o alvo dos insurgentes eram os serviços de inteligência do Afeganistão, o Diretório Nacional de Segurança (NDS, sigla em inglês) do país.
O presidente afegão, Ashraf Ghani, também não confirmou um número de vítimas, ao revelar em comunicado que “vários compatriotas” tinham morrido ou ficado feridos no atentado na troca de tiros em Cabul.
O porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, reivindicou através do Twitter a autoria do atentado com explosivos e revelou que, após a explosão, um número indeterminado de insurgentes conseguiu entrar nos edifícios dos serviços de inteligência.
Em comunicado posterior, o porta-voz talibã revelou que os explosivos estavam em um “caminhão” e afirmou que “a maior parte do escritório (do NDS) foi destruída e muitos de seus funcionários morreram ou ficaram feridas”.
O atentado em Cabul acontece depois que na semana passada os insurgentes anunciaram o início da ofensiva de primavera (hemisfério norte), o que representa um aumento de seus ataques. Em resposta, o governo afegão apresentou um plano de cinco anos para combater os talibãs.
UOL Notícias
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