O sindicalista prevê, caso Dilma seja destituída, um movimento empresarial para acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho.
O presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse hoje (25) que o impeachmentda presidente Dilma Rousseff representa um ataque aos direitos trabalhistas. “Se tiver o golpe, automaticamente os direitos dos trabalhadores serão confiscados. Quem quer fazer o golpe são os mesmos empresários que querem tirar os direitos”, afirmou Freitas, durante encontro internacional de partidos e organizações de esquerda na capital paulista.
O sindicalista prevê, caso Dilma seja destituída, um movimento empresarial para acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“O empresariado não suporta que o trabalhador brasileiro tenha leis consolidadas. Eles querem que não haja nenhuma legislação e que o empregador vá contratando da maneira que ele bem entenda, pagando da maneira que ele acha adequado, sem uma legislação que o obrigue a fazer isso.”
1º de Maio
Segundo ele, o ato de 1º de Maio da central sindical, que ocorrerá no próximo domingo, no Vale do Anhangabau (centro paulistano), terá como prioridade esses dois pontos. “Os temas principais serão os direitos dos trabalhadores e não deixar que o golpe aconteça”, destacou Vagner Freitas.
A CUT espera contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma. “A presidente Dilma é convidadíssima. Espero que ela venha para o Anhangabau falar com a população, defender e se comprometer com a pauta dos trabalhadores e denunciar o golpe para o mundo inteiro”, ressaltou o presidente da entidade.
Freitas acredita que seria importante que a presidente se manifestasse mais publicamente contra o processo que vem sofrendo. “É importante que ela participe de todas as atividades públicas. Fez corretamente uma ida aos Estados Unidos e disse claramente que há um golpe ocorrendo no Brasil. Ela precisa fazer isso agora rodando o Brasil, conversando com os trabalhadores. Não tenho dúvida de que ela tem muito apoio na sociedade para impedir esse golpe”, concluiu o presidente da CUT.
Agência Brasil
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