quinta-feira, 30 de junho de 2016

Butantan cria grupo para estudar doenças como dengue, zika e chikungunya

O objetivo é ter um núcleo de vanguarda em pesquisa nas áreas de biologia molecular e biologia celular.


O Instituto Butantan, ligado à Secretaria da Saúde de São Paulo, que realiza pesquisas biomédicas, anunciou a criação do Grupo de Ação Rápida para Doenças Emergentes (Garde-IB), dedicado ao estudo de doenças graves,  que demandam esforços urgentes e interdisciplinares como dengue, Zika e chikungunya.
“Esse espaço será um grande avanço nas pesquisas de doenças emergentes que demandam cada dia mais atenção da saúde pública e ações efetivas para seu monitoramento, tratamento e combate”, disse o secretário da Saúde, David Uip. Serão necessários R$ 25 milhões para reforma e adaptação do prédio onde funcionará o Garde-IB, que antes era ocupado pelo Paço das Artes.
Reunindo 30 pesquisadores do Instituto Butantan, o Garde-IB vai atuar em diversas frentes, da pesquisa básica à aplicada, envolvendo ainda o desenvolvimento de novos produtos de saúde, informou o instituto. “O objetivo é ter um núcleo de vanguarda em pesquisa nas áreas de biologia molecular e biologia celular que, a partir de abordagem multidisciplinar, consiga fazer frente à demanda por respostas ágeis para novas doenças que ameacem a saúde pública brasileira e mundial, em geral, doenças virais”, diz, em nota, o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.
Além das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que serão o foco inicial dos trabalhos, o núcleo poderá trabalhar na pesquisa de outras enfermidades que já estão presentes no mundo, como encefalite japonesa, febre do Nilo Ocidental e síndrome respiratória do Oriente Médio.
O início da reforma do prédio que vai abrigar o Garde-IB está previsto para o segundo semestre e deve durar cerca de um ano.
Paço das Artes
O prédio, antes ocupado pelo Paço das Artes, foi reintegrado ao Instituto Butantan após acordo entre as secretarias estaduais da Cultura e da Saúde. Segundo a pasta da Saúde, haverá estudos de viabilidade de transferência de uma área na Rua Tenente Pena, no Bom Retiro, à pasta da Cultura, visando à implantação do Paço das Artes.
“O Paço das Artes no Bom Retiro integrará uma área de intensa vida cultural por estar próximo de equipamentos como a Pinacoteca do Estado, Sala São Paulo, Oficina Cultural Oswald de Andrade e o Memorial da Resistência”, disse o secretário da Cultura, Marcelo Araújo.
Camila Boehm, Agência Brasil

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