Segundo a PRF, o parlamentar teria cometido o desacatado, mas delegado discorda.
João Gilberto/Nominuto
Os inspetores da Polícia Rodoviária Federal algemaram o deputado Carlos Augusto Maia durante uma abordagem policial.
No último sábado (1), por voltam das 6h30 da manhã, o deputado estadual Carlos Augusto Maia (PT do B) foi parado em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-427 em Caicó, na região Seridó do estado. Segundo a PRF, o parlamentar teria cometido o desacatado aos policiais.
Porém, o delegado que atendeu o caso, Helder Carvalhal, afirma que não houve desacato ou abuso de autoridade por parte do parlamentar. “Naquele momento enquanto autoridade que tinha o caso para avaliação, eu não chequei nenhuma atitude do deputado que pudesse ser considerado como desacato, e também não vi abuso, ele não se valeu da função dele como deputado. Não vi resistência e não vi nenhum risco que ele pudesse causar as pessoas ali presentes”, comentou Helder.
Hoje (5), o deputado Carlos Augusto se pronunciou sobre o caso no plenário da Assembleia Legislativa. “Estou aqui, serenamente e íntegro, para falar abertamente sobre esse episódio, e chamar a atenção para um fato inconcebível. Uma situação que todos podem ser vitimas. Estou tratando de um fato que faz vítimas todos os dias. Estou falando sobre o abuso de autoridade e do qual fui vítima nesse final de semana”, comentou.
Durante sua fala, o parlamentar falou que o problema não foi com bafômetro, pois não estava dirigindo, nem com a documentação do seu carro e habilitação do seu motorista. E pediu que o vídeo fosse mostrado para que as pessoas pudessem tirar as conclusões. “Foi muito dolorido pra mim, mas eu quero que vocês assistam ao vídeo que foi gravado e entregue aos órgãos institucionais”, falou.
O desentendimento teve inicio quando um dos policiais começou a gravar em um celular a abordagem, e o parlamentar se recusou a ser filmado. Após isso, segundo o deputado, ele foi levado ao chão para ser algemado por “desacato”. Ao longo do vídeo, a equipe da PRF reafirma ser a autoridade do local, e o deputado pede o tempo todo que retire as algemas, pois é “um cidadão de bem”. “Não é um tratamento de proteção, nem de educação, orientação e seguramente não está altura do respeito”, disse Carlos Augusto.
O deputado Carlos Augusto encerrou falando que vai encerrar o assunto na esfera politica, mas que vai buscar justiça na esfera institucional. Após a fala, os deputados presentes prestaram solidariedade ao parlamentar.
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