terça-feira, 26 de julho de 2016

Aedes aegypti: Nova metodologia reduz em 40% casos de dengue em Natal

Capital potiguar é pioneira no país com essa nova metodologia, aplicada com o apoio do Ministério da Saúde.


Nos últimos dois anos, o município de Natal tem usado novas estratégias de prevenção e de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, febre chikungunya e o zika vírus, com resultados positivos. A nova metodologia adotada recentemente pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) delimita as áreas de risco elevado dentro da cidade para um trabalho focado na redução do impacto da epidemia.

“Iniciamos os primeiros estudos no Distrito Sanitário Sul, que concentrava um número significativo de casos no município e recentemente, implantamos ele também no restante da cidade. Natal é pioneira no país com essa nova metodologia, aplicada com o apoio do Ministério da Saúde, e estamos alcançando um resultado muito satisfatório. Antes, a Capital era responsável por até 60% dos casos de dengue no Rio Grande do Norte, mas atualmente, com todos esses avanços obtidos, conseguimos baixar esse percentual para 21%”, explica André Nascimento, chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), André Nascimento.

O chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), explicou que a estratégia é encontrar os chamados “pontos quentes” (Hot Spots), onde há maior presença de mosquitos e determinar as ações ideais para reduzir e/ou eliminar os focos em cada área. Ela significa um importante avanço em relação à metodologia antiga, que não tinha resolutividade.

“A metodologia antiga trabalhava o município por igual, sem analisar as diferenças e situações estruturais e organizacionais de cada bairro, como saneamento básico e presença de depósitos e caixas de água sem tampas, que favorecem a proliferação do mosquito e maior número de notificações de doenças. Trabalhando o mapeamento das áreas de risco, podemos centrar esforços nos pontos com mais casos e assim, obter sucesso no combate ao vetor”.

André explicou também que, com a nova metodologia de delimitação de áreas de risco, é possível identificar quais regiões precisam de ações educativas e as que necessitam de uma intervenção mais contundente, com a presença de agentes de controle de endemias e uso de métodos mais eficazes, como aplicação de larvicida e até mesmo o veículo-fumacê.

Nominuto.com

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