Centro de reabilitação fica localizados em Arroio dos Ratos, no RS (Foto: Reprodução/RBS TV)
Pelo menos sete pessoas morreram em um incêndio ocorrido em uma casa de reabilitação para dependentes químicos localizada em Arroio dos Ratos, a cerca de 70 quilômetros de Porto Alegre, na madrugada desta quinta-feira (21). O fogo teria começado na unidade do Centro Novos Horizontes por volta da 1h.
Seis das vítimas morreram no local, e uma quando era levada para o hospital de Arroio dos Ratos, que fica na Região Carbonífera do Rio Grande do Sul, e morreu a caminho da instituição de saúde. Cerca de 40 pessoas estavam internadas no local. As chamas atingiram a parte traseira do centro de reabilitação, que fica em uma área isolada da cidade.
“Foi muito rápido. Uma cena de terror. Muito triste. Nunca tinha visto uma coisa dessas”, lamenta o monitor voluntário Milton Lima.
Outras 11 pessoas ainda recebem atendimento médico, sendo que algumas foram levadas para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.
Conforme a Polícia Civil as vítimas estavam em salas fechadas com grades e não teriam conseguido deixar o local. Sobreviventes conseguiram deixar uma das salas ao quebrarem as janelas do local.
De acordo com a Brigada Militar, o fogo ocorreu em uma área que era destinada para pessoas que tinham acabado de iniciar o tratamento, e que ficavam separadas dos demais pacientes, em isolamento.
“Era uma área isolada, um centro de observação onde o residente chega e é colocado ali para avaliação mais detalhada”, explica Lima.
O monitor diz que os dependentes poderiam ter planejado uma rebelião, para conseguirem escapar do local. “Houve uma conversa no pátio. Eles queriam fazer algo para chamar a atenção à noite. Acredito que eles mesmo colocaram fogo em algum colchão para a gente ir lá e abrir. Eles deram um tiro no pé. Não conseguiram controlar o fogo, tomando uma proporção enorme.”
Outras 20 pessoas que estavam no local e conseguiram se salvar foram levadas para à delegacia da cidade para prestar depoimento. O primeiro a ser ouvido deve ser o coordenador do local. Três monitores são responsáveis pelos internos no período da madrugada.
Ainda não há informações sobre as causas do incêndio, mas o Instituto Geral de Perícias (IGP) está no local para fazer os trabalhos de perícia.
G1
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