terça-feira, 26 de julho de 2016

No RN, detentos 'desobedientes' ficam sem ventiladores, TVs e rádios

Com sucessivas tentativas de fuga, presos de Parnamirim foram 'punidos'.
Segundo o secretário Wallber Virgolino, benesses darão lugar à disciplina.



 Dezenas de ventiladores, rádios e TVs foram recolhidos nesta segunda (25) do pavilhão 2 da Penitenciária Estadual de Parnamirim (Foto: Sejuc/Divulgação)Dezenas de ventiladores, rádios e TVs foram recolhidos nesta segunda (25) do pavilhão 2 da Penitenciária Estadual de Parnamirim (Foto: Sejuc/Divulgação)
“Começamos a tirar os presos da zona de conforto. Benesses e regalias concedidas em outros tempos estão sengo substituídas por disciplina”. As palavras são do secretário de Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber Virgolino, ao justificar o recolhimento de dezenas de ventiladores, TV e rádios feito no final da tarde desta segunda-feira (25). Os aparelhos pertenciam a detentos da Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal. A unidade possui 564 internos, mas a capacidade é para 400.
“Os objetos foram retirados como punição pelo mal comportamento e sucessivas tentativas de fugas dos presos do pavilhão 2 da unidade. Toda semana encontramos escavações de túneis no local. Isso precisa acabar. Não aceitaremos insubordinações”, afirmou Virgolino.
Ainda de acordo como o secretário, os aparelhos que tiverem nota fiscal serão entregues aos familiares dos detentos. Já os que não tiverem comprovação de compra, em seis meses deverão ser doados a instituições de caridade, escolas ou creches do estado. “Será a nossa contribuição social”, ressaltou.
Virgolino explicou que "a Sejuc vai fazer valer os direitos humanos e jamais agirá fora da lei", mas que, se for necessário, haverá cada vez mais rigor e certas regalias deixarão de existir. “Começamos por Parnamirim. Nas unidades prisionais onde os detentos se comportarem bem, faremos vista grossa. Mas, se houver desobediência, cortaremos as benesses. Os presos precisam entender que eles têm certos direitos, sim, mas que também têm muitos deveres a cumprir”, finalizou
Anderson BarbosaDo G1 RN

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