quarta-feira, 27 de julho de 2016

Papa Francisco afirma que ataques mostram que ‘mundo está em guerra’

De acordo com o Vaticano, o papa Francisco ficou horrorizado com os últimos ataques.
De acordo com o Vaticano, o papa Francisco ficou horrorizado com os últimos ataques.
O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (27) que o “mundo está em guerra”, em declarações a bordo do avião que o levou a Cracóvia, na Polônia, no dia seguinte ao assassinato de um padre na França por dois extremistas.
“Fala-se tanto de segurança, mas a palavra verdadeira é guerra. O mundo está em guerra porque perdeu a paz. Quando falo de guerra, falo de uma guerra de interesses, de dinheiro, de recursos, não de religiões. Todas as religiões querem a paz”, afirmou ele durante a viagem para participar dos eventos da Jornada Mundial da Juventude.
“Depois de muito tempo, o mundo está em uma guerra fragmentada. Ela pode não ser a mais orgânica, mas é organizada, é a guerra”, disse ele. “Não devemos ter medo de falar esta verdade. O mundo está em guerra porque a paz foi perdida.”
Em sua primeira viagem à Polônia, o papa Francisco participará, nesta quarta (27), da Jornada Mundial da Juventude, evento que reúne jovens católicos de todo o mundo a cada três anos. O tom costuma ser de celebração, mas neste ano o clima é afetado pelo assassinato de um padre na França em um ataque reivindicado pela fação terrorista Estado Islâmico.
As notícias da invasão de uma missa em Saint-Etienne-du-Rouvray, no norte do país, que terminou com a morte do sacerdote, Jacques Hamel, chocaram os participantes da jornada. “O papa João Paulo 2º dizia que deveríamos ser tolerantes e não recorrer à força”, disse Guillaume, de Bordeaux, um peregrino de pouco mais de 20 anos, à Reuters.
De acordo com o Vaticano, o papa Francisco ficou horrorizado com o ataque e o classificou como especialmente “bárbaro” por ocorrer na semana do evento. A morte do clérigo francês chocou os fiéis, que viram paralelos com a execução do arcebispo salvadorenho Óscar Romero, morto por um grupo de extermínio de direita em 1980, enquanto rezava uma missa na capital San Salvador.

Folha de S.Paulo

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