Ferreira foi preso durante a Operação Custo Brasil, um desmembramento da Operação Lava Jato.
O ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, teve negado pedido de liberdade pela desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) Cecília Mello. Ferreira foi preso durante a Operação Custo Brasil, um desmembramento da Operação Lava Jato para apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
A decisão da desembargadora foi publicada ontem (13) no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região, em São Paulo. A defesa de Ferreira questionava uma decisão da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que decidiu manter a prisão do ex-tesoureiro. No mês passado, o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também preso durante a Operação Custo Brasil, teve a prisão revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. Após a decisão de Toffoli, o juiz da 6ª Vara Criminal Federal paulista, Paulo Bueno de Azevedo, estendeu a concessão de liberdade para a outros detidos na operação Custo Brasil, mas manteve na cadeia Paulo Ferreira e Nelson de Freitas.
No despacho, a desembargadora Cecília Mello diz porque mantém a decisão do juiz: “Veja-se que não se trata, pelo que consta dos autos e dos depoimentos dos colaboradores Alexandre Romano e Delcídio Amaral, de mera especulação acerca da tentativa de cooptação e influência exercida por Paulo Ferreira em relação às versões dos fatos a serem declinadas em juízo pelos envolvidos. Fato é que há fundados elementos que denotam que o paciente [Ferreira] movimentou-se no sentido de arriscar-se a interferir no andamento das investigações policiais, ainda em curso”, diz a decisão.
Apesar de ter negado o pedido de liberdade feito pela defesa, a desembargadora permitiu que Paulo Ferreira visite o pai, que está em estado grave. Segundo o TRF3, os detalhes da visita devem ser definidos pelo juiz de primeiro grau, por ordem de quem o ex-tesourero está preso em São Paulo.
Agência Brasil
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