Sayonara Moreno - Correspondente da Agência Brasil
Após o assassinato de seis trabalhadores quilombolas no interior da Bahia, a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado emitiu, hoje (8), uma nota de pesar, na qual diz aguardar que os órgãos de Justiça “punam os culpados”.
Segundo o Incra, as mortes ocorreram no último domingo (6), quando seis trabalhadores rurais do Território Quilombola de Iúna – região de Lençóis - foram encontrados mortos. Ainda na nota, o Incra informa que ontem (7) comunicou os crimes à Delegacia Agrária e emitirá um ofício à Casa Civil.
Na próxima segunda-feira (14), o ouvidor-geral do Incra-BA, Adelson Gomes, viajará para o local, acompanhado da delegada agrária Giovanna Bonfim, que, segundo a nota, se solidariza “com a comunidade de Iúna e com as famílias das vítimas”, identificadas como Adeilton Brito de Souza, Gildásio Bispo das Neves, Amauri Pereira Silva, Valdir Pereira Silva, Marcos Pereira Silva e Cosme Rosário da Conceição.
O caso está sendo investigado pela delegada da Polícia Civil, em Lençóis, Mariella Silvério, que apura a situação com a coleta de pistas e análises periciais.
Com a morte dos seis homens, o Incra-BA registra oito mortes de trabalhadores rurais quilombolas “em menos de um mês”. Do total, sete ocorreram na comunidade de Iúna. Lindomar Fernandes Martins foi assassinado em 16 de julho. O único crime que não ocorreu na comunidade foi a morte do trabalhador rural José Raimundo Mota de Souza. Ele foi encontrado morto no Território Quilombola Jiboia, no município de Antonio Gonçalves, em meados de julho.
Edição: Juliana Andrade
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