terça-feira, 3 de novembro de 2015

Acusado de crime que chocou o RN em 2009 vai a júri popular nesta terça

Maria Luiza, de 15 anos, foi morta em 2009 (Foto: Arquivo da família)
Maria Luiza, de 15 anos, foi morta em 2009
(Foto: Arquivo da família)
O julgamento de Kleisson de Souza Freitas da Silva, um dos acusados de ter matado a estudante Maria Luiza Fernandes Bezerra, de 15 anos – crime que chocou o Rio Grande do Norte em 2009 – está marcado para esta terça-feira (3). De acordo com o sistema do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), o júri popular acontece no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal, a partir das 8h. O acusado está preso no Centro de Detenção Provisória de Parnamirim.
Em novembro de 2014, o outro acusado de ter participado da morte da estudante foi a júri popular. Thiago Felipe Rodrigues Pereira, o ‘Thiago Cabeção’, de 28 anos, foi condenado a 26 anos e três meses de prisão em regime fechado. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, roubo qualificado, vilipêndio (maltrato de cadáver) e ocultação do corpo.
Kleisson de Souza Freitas da Silva (Foto: Arquivo Pessoal)
Kleisson de Souza Freitas da Silva (Foto: Arquivo Pessoal)
Na ocasião Kleisson não foi julgado porque o advogado dele estava viajando e não pôde comparecer ao júri. A defesa então alegou insanidade mental de Kleisson Souza e pediu a realização de um laudo de sanidade mental. No dia 2 de dezembro de 2014 a juíza Eliane Alves Marinho autorizou a realização de um exame de sanidade mental no acusado. O exame foi realizado no dia 17 de agosto de 2015. Segundo o advogado Arsênio Pimentel, o resultado do exame considerou o acusado semi-imputável (indivíduo que, embora aparentemente são, não tem plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato). “Em razão desta condição mental, a pena pode ser reduzida em até 2/3 caso o réu seja condenado”, observou o advogado.
Assim como Thiago, Kleisson Souza também foi denunciado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, roubo qualificado, estupro, vilipêndio (maltrato de cadáver) e ocultação do corpo.
O crime
Maria Luiza saiu de casa no dia 21 de abril de 2009 (feriado de Tiradentes) para se encontrar com o namorado em uma lan house. Ela não chegou ao destino. Seis dias depois, o corpo da adolescente foi encontrado nu e já em avançado estado de decomposição em um lixão no bairro de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal. A perícia constatou que a adolescente foi estuprada e estrangulada.
O promotor Augusto Flávio Azevedo conta que o assassinato de Maria Luiza teve uma “combinação de desejo e estímulo de droga”. “Há um desejo reprimido pela moça da parte de um dos acusados, o Thiago, e um flagrante do envolvimento de ambos os acusados com drogas. Os dois andavam juntos. Era um dia esquisito e chuvoso quando a menina foi pega a força e colocada em um carro. Ela sofreu diversos abusos, foi morta e o corpo foi desovado”, acrescentou.
G1

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