Com a paralisação, o abastecimento do Rio Grande do Norte pode ficar comprometido.
Petroleiros lotados nas bases operacionais da Petrobrás no RN decidiram aderir à greve nacional deflagrada no último domingo.
O movimento repudia o Plano de Negócios e Gestão 2015/19 da estatal, no que tange ao corte de investimentos, à diminuição de gastos operacionais e à venda de ativos, especialmente, dos campos terrestres de produção, além de rechaçar os ataques e as restrições aos direitos trabalhistas consagrados nos últimos Acordos Coletivos.
De acordo com a categoria, no Polo Industrial de Guamaré, que recebe e processa mais de 90 % do petróleo e gás do RN, os diretores do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras (Sindpetro) ainda tentaram negociar a manutenção da produção em níveis mínimos, conforme determina a legislação, mas os dirigentes locais da Petrobrás declararam-se sem autonomia.
Segundo a categoria, diante do impasse, e uma vez que a empresa já havia se recusado a participar de reunião nacional para negociar patamares de produção e efetivos mínimos, os trabalhadores decidiram, em assembleia, desembarcar da unidade, entregando as instalações aos cuidados e responsabilidade da direção da empresa.
Em Guamaré, no momento, a unidade de processamento de gás natural opera com carga mínima e estão paralisadas a estação de injeção de água e a unidade de produção de querosene de aviação (QAv). Nas plataformas marítimas, a produção foi reduzida a 50%. Já, na Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira (UTE-JSP), todos os trabalhadores desembarcaram, permanecendo na unidade apenas os supervisores.
Greve pode se estender para outras bases administrativas
O sindicato promove nesta terça-feira (3) novas assembleias para deflagração da greve nas bases administrativas da Petrobrás em Natal, Mossoró (Base-34) e Alto do Rodrigues (S-7). O movimento nacional prossegue por tempo indeterminado até que a direção da Petrobrás concorde em negociar a “Pauta pelo Brasil”, documento que reúne as principais reivindicações da categoria petroleira relacionadas à defesa da Petrobrás e dos direitos econômicos e sociais adquiridos nos últimos anos.
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