Ivan Richard Esposito e Iolando Lourenço - Repórteres da Agência Brasil
Após a fala dos líderes dos partidários e blocos, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu início à votação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que é contrário à admissibilidade da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. O primeiro a votar foi o deputado Abel Mesquita (DEM-RR) que votou a favor do relatório.
Ao todo, 17 partidos indicaram voto favorável ao parecer da CCJ, ao seja, para rejeitar a abertura de processo contra o presidente da República. A soma dos deputados dessas legendas que orientaram voto favorável chega a 317 parlamentares. Por outro lado, oito partidos orientaram voto contrário ao parecer da CCJ. Essas bancadas totalizam 179 deputados.
No entanto, vários parlamentares de partidos aliados ao governo devem contrariar a orientação dos líderes e votar contra o relatório, ou seja, a favor da admissibilidade da denúncia. Diante disso, os líderes governistas admitem que terão em torno de 270 votos para o arquivamento da denúncia.
Orientaram voto contra a denúncia e a favor de Temer: bloco formado Pode, PTdoB e PP (64) PMDB (63), PR (40), PSD (38) , DEM (31), o bloco PTB/Pros/PSL/PRP (25), PRB (22), SD (14), PSC (10), PHS (7) e PEN (3).
Os partidos que orientaram voto a favor da denúncia e contra Temer: PT (58) , PDT (18) , PCdoB (10), PSOL (6) Rede (4) e PMB (1). O PSDB, com 47 deputados e atualmente no comando de quatro ministérios, também orientou voto contra Temer. Mesmo caminho do PSB, com bancada de 35 deputados, e que comanda o Ministério de Minas e Energia.
O PV, com bancada de sete deputados e que comanda o Ministério do Meio Ambiente, foi a única sigla que liberou os correligionários.
A orientação serve de referência para o votos dos integrantes dos partidos, mas cada deputado pode votar de acordo com sua convicção. Em alguns casos, os partidos fecham questão, isso quer dizer que o correligionário que desrespeitar a orientação do líderes poderá sofrer sanções.
Partido do presidente Michel Temer, o PMDB fechou questão pela aprovação do parecer e prometeu punir os parlamentares infiéis, assim como PP, PR e PSD. Já na oposição, PT e PDT são exemplos de partidos que fecharam questão pela rejeição do parecer.
A votação será nominal começando pelos deputados de Roraima. Em seguida votarão os deputados do Rio Grande do Sul; depois, os de Santa Catarina. Em seguida, a votação volta para os deputados de dois estados do Norte.
Edição: Amanda Cieglinski
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