Dez lobistas envolvidos como
operadores no esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na
Operação Lava Jato visitaram a estatal pelo menos 1,8 mil vezes entre
2000 e 2014. Segundo o jornal O Estado de SP , os nomes foram
indicados em delação premiada pelo ex-gerente executivo da petrolífera,
Pedro Barusco, principal aliado do ex-diretor de serviços Renato Duque.
Um documento enviado ao
juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da operação, confirma que Barusco
negociava com operadores não apenas a propina, mas “a maneira pela qual
ocorreriam os pagamentos”. Barusco citou visitas de Mario Goés, Zwi
Zcorniky, Guilherme Esteves de Jesus, Milton Pascowitch, Shinko
Nakandakari, Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, Atan de Azevedo
Barbosa, Bernardo Freiburghaus, Augusto Amorim Costa, Cesar Roberto
Santos Oliveira e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. No entanto, o
nome de Vaccari no documento “liberação de visitas”, encaminhado pela
estatal à Justiça.
O documento mostra o nome,
documento de identidade, data e hora de entrada e saída e o nome do
visitado. Dentre os funcionários visitados constam José Gabrielli
(ex-presidente), Graça Foster (ex-presidente), Paulo Roberto Costa
(ex-diretor de Abastecimento), Nestor Cerveró (ex-diretor
Internacional), Jorge Zelada (ex-diretor Internacional), Ildo Sauer (Gás
e Energia) e Glauco Legatti (ex-gerente da Refinaria Abreu e Lima).
Segundo o jornal, os
ex-presidentes e ex-diretores da Petrobras não foram encontrados para
comentários. O único a responder foi o advogado João Carlos Castellar,
defensor de Glauco Legatti, disse que seu cliente “nunca recebeu
Bernardo Freiburghaus na Petrobras”, como consta no documento. O doleiro
que teria ajudado a colocar US$ 2 milhões em contas de Barusco na
Suíça, disse que “não conhecia ninguém”.
Terra
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