Centrais têm posições distintas sobre projeto que regulamenta terceirização.
Força Sindical e CUT promovem eventos no Centro e na Zona Norte de SP.
O senador Aécio Neves (PSDB) e o o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) estiveram no evento da Força. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do ato promovido pela CUT.
Lula discursou contra a terceirização e reagiu ao que chamou de insinuações sobre a Operação Lava Jato. Ele disse que parte da elite tem medo de que ele volte a ser candidato. "Eu não tenho intenção de ser candidato a nada", declarou.
Aécio afirmou que o Senado vai "aprimorar" o projeto da terceirização aprovado na Câmara dos Deputados. Já Eduardo Cunha anunciou que apresentará, na próxima semana, um projeto de lei para reajustar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a partir do índice da caderneta de poupança.
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB),
em evento da Força Sindical (Foto: Paulo
Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Força Sindicalem evento da Força Sindical (Foto: Paulo
Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Na Zona Norte, os discursos em favor da terceirização começaram por volta das 12h. O senador Aécio Neves disse que o texto será discutido entre os senadores com "enorme responsabilidade".
"De um lado vamos garantir a regulamentação para aqueles que são terceirizados. Nós vamos também propor um limite para que as empresas possam terceirizar algumas de suas atividades.".
Também participaram do ato político da Força o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Durante o evento, o ministro do Trabalho afirmou que o governo não quer que o projeto que regulamenta a terceirização "precarize" os direitos dos trabalhadores.
Manifestante coloca foto de Eduardo Cunha em caixão. (Foto: Rafael Miotto/G1)
Ato da CUTCUT, MST, MTST e aproximadamente 30 movimentos sociais, estudantis e sindicais promoveram ato conjunto no Vale do Anhangabaú. Por volta das 12h20, a CUT divulgou a estimativa de que 20 mil participavam do evento.
Entre as bandeiras dos movimentos no ato estão a defesa da Petrobras, dos direitos da classe trabalhadora, pela reforma política e contra a aprovação do PL 4330, que regulamenta a terceirização.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu a unidade da esquerda brasileira em torno do movimento "Pelos direitos, contra a direita."
Segundo ele, o movimento pretende criar um dia nacional de lutas em 29 de maio e organizar uma greve geral caso seja aprovado no senado o PL 4330.
Durante o evento, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, ressaltou a posição do governo contra o projeto de lei. "Quando a presidente Dilma diz não ao PL 4330 ela se coloca ao lado dos trabalhadores. (...) Não queremos voltar ao século passado, queremos andar pra frente. Quando alguns dizem que querem menos democracia, dizemos o contrário", afirmou.
O ex-presidente Lula discursou e disse que está notando "todo santo dia, insinuações". "'Ah, lá na operação Lava Jato estão esperando que alguém cite o nome do Lula. Ah, estão tentando fazer com que os empresários citem o nome de Lula. Eu estou quietinho no meu lugar. Não me chame para a briga. Eu não tenho intenção de ser candidato a nada. Está aceita a convocação. Eu agora vou começar a andar o país outra vez", disse.
Shows e sorteios de carros
Além dos atos políticos, shows e sorteios de carros marcaram o ato da Força na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte. A celebração começou por volta das 9h. Um dos primeiros shows foi o do padre Reginaldo Manzotti, que se apresentou por volta das 9h30. Na programação estavam previstos ainda shows de Ludmilla, Bruno & Marrone, Leonardo, Paula Fernandes, Marcos & Belutti, Zezé Di Camargo & Luciano e Latino.
Segundo expectativa da Força, eram esperadas 500 mil pessoas ao longo do dia.
Já no Vale do Anhangabaú, além do ato político, a CUT organizou shows de Alceu Valença, Leci Brandão, Rappin Hood, GOG, Thobias da Vai-Vai e Elizeth Rosa.
Os manifestantes chegaram ao Anhangabaú após caminhada pelo Centro. A concentração das passeatas ocorreu em três pontos da região central: Luz, Praça da República/Largo do Arouche e Pateo do Collegio. Desses locais os grupos seguiram até o vale, onde o evento da CUT começou por volta das 10h40.
Outros estados
Trabalhadores também fizeram manifestações em outras regiões do país como no Paraná, Rio Grande Sul, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Acre, Amapá, Pará, Roraima, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Sergipe.
Ato da Força Sindical. (Foto: Fernando Neves/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Ato da CUT e centrais. (Foto: Fernando Zamora/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Lula participou do ato da CUT. (Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Aécio esteve no ato da Força. (Foto: Mário Âneglo/Sigma Press/Estadão Conteúdo)
Concentração no Vale do Anhangabaú pouco antes das 12h. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Concentração na Praça Campo de Bagatelle pouco antes do meio-dia. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Faixa contra terceirização no evento da CUT no Anhangabaú. (Foto: Rafael Miotto/G1)
Ato da CUT no Anhangabaú começa com defesa à Petrobras (Foto: Roney Domingos/G1)
Concentração ato da CUT no Vale do Anhangabaú, Centro de SP (Foto: Rafael Miotto/G1)
Concentração em evento da Força Sindical na Zona Norte de SP (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
Show na Praça Campo de Bagatalle em ato da Força Sindical (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
A
cantora Ludmilla se apresenta na celebração do Dia Internacional do
Trabalho promovido pela Força Sindical na Praça Campo de Bagatelle, na
Zona Norte de São Paulo (Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão
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